Acordo também exige adequações em obras da Copema; dinheiro será revertido a duas entidades da cidade. 

A construtora Copema comprometeu-se com o Ministério Público do Trabalho (MPT) a adotar medidas de segurança em suas obras e pagar R$ 150 mil reais de indenização, após acidentes e a morte de um operário em empreendimentos da empresa, em Ribeirão Preto. O dinheiro será revertido às entidades filantrópicas Cantinho do Céu e APAE, ambas da cidade e vai ser quitado em 15 meses, começando em abril. Em caso de atraso no depósito o valor dobra.

O Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado com o MPT, exige também que a construtora instale plataformas nas lajes, telas e proteções nos locais com risco de quedas, além de portas nos elevadores que impeçam a abertura quando a máquina não estiver no andar. No TAC, a Copema se compromete a fornecer para seus funcionários itens de segurança, banheiros com chuveiros e local adequado para refeições.

Caso as exigências não sejam cumpridas a multa é de R$ 10 mil por cláusula, acrescida de R$ 500 por trabalhador lesado.

O Caso

O MPT abriu inquérito contra a Copema em agosto de 2011 quando um dos operários da empresa foi vítima de acidente de trabalho. Em outubro do mesmo ano, um trabalhador da construtora morreu após cair no fosso do elevador do nono andar de um prédio na zona sul de Ribeirão Preto.

Em janeiro deste ano, na mesma obra, dois homens ficaram feridos ao serem atingidos por um pedaço de concreto. Os operários estavam no 12º andar da obra, quando o objeto caiu de um dos pisos superiores. O prédio possui 34 andares.

Outro lado

Em nota, a Copema informou que fornece itens de segurança e cumpre as normas trabalhistas, de segurança e de medicina do trabalho. A construtora disse que treina seus funcionários e que não reconhece "possuir qualquer tipo de responsabilidade pelos eventos que ensejaram a instauração do Inquérito Civil".

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