O Jardim Paulista nasceu com sotaque nobre, mantém a tradição daqueles que o construíram, como boiadeiros, imigrantes e trabalhadores, esconde redutos da boemia e exibe noite de lazer, e luta contra o mal que aflige a todos, a violência. Bairro classe média, o Jardim Paulista nasceu Villa Paulista entre a pedreira das Sete Capelas e o brejo do córrego Retiro Saudoso. Ele ainda se divide entre o bucolismo da área que originalmente foi uma fazenda de café e os problemas da vida moderna, como trânsito desordenado e um clima de insegurança, quebrado apenas por histórias insólitas.
O Jardim Paulista merece atenção por sua tradição, pelas suas praças, pela sua gente, principalmente. O comércio do Jardim Paulista passou dos pequenos armazéns das décadas de 40 e 50 para as grandes lojas, padarias e bares do século 21.
Este bairro se orgulha de ter um dos cartões postais da cidade. O estádio Francisco Palma Travassos, do Comercial, é uma referência do bairro. A construção do estádio veio com o ressurgimento do clube em 1954 e sua ascensão para a 1ª divisão em 1958. Na gestão de Romero Barbosa, em 1961, o clube recebeu do engenheiro civil Francisco Palma Travassos a doação de um terreno no bairro. O gesto de Palma Travassos, engenheiro civil, impulsionou a vida do clube. O estádio foi inaugurado em 14 de outubro de 1964, no jogo Comercial 2 x 3 Santos. Neste dia, 17 mil pessoas assistiram à partida das arquibancadas ainda inacabadas.
Principais Vias
A Avenida Treze de Maio, divisa entre o Jardim Paulista e o Paulistano, se tornou um pólo comercial que atende os dois bairros e outras regiões da cidade. Bares, restaurantes, garagens e lojas com produtos para veículos são os principais ramos na avenida.
Além da avenida Treze de Maio, o Jardim Paulista possui dois corredores comerciais: a Henrique Dumont e a Camilo de Mattos. Ruas residenciais que viram o comércio se consolidar a partir do início dos anos 80 e oferecem todo tipo de produto, de lingerie a móveis.
Arquivo Municipal
A História de Ribeirão Preto está registrada no Arquivo Municipal, que funciona no Jardim Paulista desde 1995. São 2 mil metros lineares de documentos e 15 mil imagens. Jornais, mapas, fotografias da cidade, livro de óbitos e de registro e cartas de doação de terras do final do século 19 fazem parte do acervo. Estudantes, pesquisadores e até pessoas interessadas em montar a árvore genealógica freqüentam o Arquivo. Entre os documentos históricos, está a planta do patrimônio da Matriz de São Sebastião.
Mini Rodoviária
Além do Terminal Rodoviário Central, Ribeirão Preto conta com uma Mini Rodoviária. O movimento médio diário no local chega a mil pessoas. Seis companhias operam atualmente na Mini, que tem embarque e desembarque para 14 destinos diferentes. Entre eles, São Paulo, Santos, Juiz de Fora e cidades da região. A Mini foi fundada em 1º de dezembro de 1983.
O que acontece por lá...
Toda sexta-feira o cheiro de pastel frito, de canjica e de verduras frescas da feira atrai moradores da rua Franca, no Jardim Paulista. São cerca de 80 barracas montadas em quatro quarteirões entre a Laguna e a Guarujá.
As quermesses da paróquia São Paulo Apóstolo são aguardadas pelos moradores do Jardim Paulista. Uma tradição que se repete há mais de 30 anos. Começou com Dom Aparício e acontecia em junho. Há 12 anos foi ampliada e passou a ser realizada em julho. Durante três finais de semana, as barracas montadas na frente da igreja viram ponto de encontro.
Há oito anos acontece também a Quermesse da Primavera, sempre em novembro, em homenagem à Nossa Senhora das Graças. Por meio de doações de empresas e do envolvimento da comunidade, a quermesse é uma tradição, que colabora para manter a paróquia.
Jardim Paulista tem nomes de ruas com sotaque indígena.
Fonte: www.jornalacidade.com.br