Plínio de Castro Prado, Dr
Fundação do Commercial Football Club
Em 1911, um grupo de comerciantes se reuniu com a finalidade de formar um time de futebol em Ribeirão Preto. Foi na casa Valeriano, uma loja de armarinhos, localizada onde hoje está instalada a fonte luminosa, que no dia 11 de outubro, pouco depois das 21 horas nascia o Commercial Football Club, embora, curiosamente, a data oficial de fundação do clube seja no dia anterior, 10 de outubro de 1911.
Seus fundadores foram os comerciantes: Antonio Maniero, Guilherme Nunes, Francisco Arantes, Adauto de Almeida, Timóteo Grota, Alvino Grota, Argemiro de Oliveira, Djalma Machado e Antídio de Almeida, que foi eleito o primeiro presidente do clube.
Com o investimento que os comerciantes de Ribeirão Preto fizeram no Commercial Football Club, a equipe logo começou ganhar destaque e ascensão no futebol da região.
O clube logo caiu no gosto dos "Coronéis do Café", que passaram a apoiar a equipe.
A primeira grande contratação de um atleta, que não residia em Ribeirão, feita pela diretoria do Commercial, concretizou-se no dia 14 de julho de 1917, quando o clube recebeu o ponta-direita e atacante Belmácio Pousa Godinho (1892-Piracicaba - 1980-Ribeirão Preto), que vinha do XV de Piracicaba (clube ao qual a família de Belmácio participou da fundação em 1913).
Belmácio não era um craque, mas jogava muito bem. Além do mais, as contribuições que Belmácio traria ao alvinegro, não seriam só proveitosas dentro dos gramados, pois ele passaria a lutar pelo Commercial mesmo após abandonar o futebol.
Em 1919, o Commercial foi o primeiro time de futebol de Ribeirão Preto a disputar um campeonato importante. O torneio disputado pelo alvinegro de Ribeirão foi o CAMPEONATO PAULISTA - DIVISÃO DO INTERIOR da APEA (Associação Paulista de Esportes Athléticos).
No torneio, o Commercial demonstrou muita força, mas na final acabou sendo derrotado pelo EC Taubaté, ficando com o vice-campeonato.
No início dos anos vinte, mais precisamente em abril de 1920, o Commercial é convidado a uma excursão pelo Norte e Nordeste brasileiro, onde realizaria amistosos com os times e seleções estaduais daquela região do país.
A delegação comercialina partiu rumo ao norte e nordeste brasileiro de trem, saindo da Estação de Trem da Mogiana, em Ribeirão Preto, no dia 27 de abril de 1920.
A delegação do Commercial que participou da excursão era formada pelos atletas: Alvino Grota, Antonio Dantes, Lourenço Parera, Timóteo Grota, José Franco, João Palma Guião, Belmácio Pousa Godinho, João Fernandes, Benedito Rodrigues Santos (conhecido como "Zé Macaco"), Joaquim Marques Carvalho (conhecido como "Quinin"), Sebastião Rodrigues Moraes (conhecido como "Zico"), Augusto Achê, Alberto Lorenzon, Orestes Moura Pinto, José Guimarães, mais dirigentes.
Foram jogos memoráveis, e vitórias que mostraram toda força do futebol comercialino.
O único empate aconteceu apenas no primeiro jogo, contra a Seleção do Estado do Pernambuco, 1 a 1. Depois desse jogo, cada adversário foi sendo batido sem muitos problemas, como o Sport do Recife (2º jogo) e o Náutico (3º jogo).
A vitória mais festejada, porém, foi sobre o Santa Cruz, no 4º jogo da excursão do Commercial. Na ocasião, a equipe pernambucana contava com a ajuda do árbitro, que foi a campo com um revólver, afim de favorecer na marra o time local. Mas não adiantou o revólver, porque o time pernambucano viu o Commercial abrir o placar com um gol incontestável de fora da área. O 1 a 0 a favor dos paulistas irritou a torcida local, mas o placar assim seguiu, até que no minuto final da partida, o juiz deu um pênalti inexistente contra o alvinegro... Mas para desgosto da torcida, e do árbitro, o goleiro comercialino defendeu a cobrança e selou a vitória comercialina.
O apelido de "LEÃO DO NORTE" nasceu no 5º jogo, quando a equipe ribeirãopretana conseguiu sua 4ª vitória, derrotando o Amércia Futebol Clube por 4 a 1. O apelido pertencia na época ao próprio América, que na ocasião era chamado de Leão do Norte por conquistar o título de campeão da Copa Norte por três vezes consecutivas.
Na volta a Ribeirão Preto, a delegação comercialina, agora chamada de "LEÃO DO NORTE", foi saudada com uma imensa festa na cidade, que teve direito a banda marcial, carro alegórico, arcos triunfais.
Da excursão o Commercial trouxe troféus, flâmulas, medalhas, além de ser destaque em importantes jornais das cidades de Ribeirão Preto, São Paulo e Rio de Janeiro.
O primeiro estádio do Commercial estava localizado na Rua Tibiriçá, onde hoje fica a sede centro da Sociedade Recreativa, e tinha o nome de Estádio da Rua Tibiriçá.
Foi um dos primeiros campos com grama do estado de São Paulo, pois os freqüentadores eram ricos e reclamavam da poeira levantada durante os jogos no campo de terra batida. O Commercial o utilizou até 1936.
Após a épica excursão pelo norte e nordeste, o Leão começou a ficar conhecido nacionalmente passando a disputar torneios amistosos, onde enfrentava grandes clubes do futebol brasileiro.
Em 1921, durante um torneio amistoso chamado "Taça Círculo Italiano", o Commercial, que entrou como convidado, derrotou a já poderosa equipe do Palestra Itália de São Paulo, atual Palmeiras, por 5 a 2.
O primeiro jogo internacional do Commercial terminou empatado em 1 a 1, e foi contra a Seleção da Argentina. O jogo aconteceu em 1923, num amistoso realizado no então estádio do clube, na Rua Tibiriça, em Ribeirão Preto.
Em 1927 o Commercial faria sua estréia na Primeira Divisão do futebol paulista, tornando-se o primeiro time da região de Ribeirão Preto a jogar a elite do futebol paulista. O clube jogaria o CAMPEONATO PAULISTA - DIVISÃO PRINCIPAL - APEA.
Antes, porém, de começar o Campeonato Paulista - Divisão Principal, a APEA, coordenadora do torneio, sempre realizava entre os clubes que iriam disputar o certame um curto campeonato, conhecido como TORNEIO INÍCIO. Como disputava a Divisão Principal, o Commercial pode jogar também o Torneio Início de 1927, mas acabou perdendo na estréia, de 5 a 2, para o Palestra Itália, e acabou eliminado.
O primeiro jogo do Commercial na elite do futebol paulista aconteceu no dia 03 de maio de 1927, e seu adversário era o poderoso Palestra Itália, atual Palmeiras, que terminaria campeão daquele ano. O jogo, que foi em São Paulo, acabou 6 a 2 para o Palestra.
A primeira vitória na primeira divisão aconteceu no dia 21 de agosto de 1927, em jogo realizado em Ribeirão Preto. Na partida, o Commercial venceu por 2 a 1 o AA São Paulo de Alpargatas, tradicional time da capital paulista.
Mesmo com a má campanha feita pelo Commercial na Divisão Principal de 1927, onde só somou 6 pontos, em 1928, o Leão disputou novamente o Torneio Início e a 1ª Divisão.
No Torneio Início o Leão empatou em 2 a 2 com o Guarani FC, mas no critério de desempate, que era, na época, escanteios, o Commercial acabou eliminado, derrotado com 2 escanteios a 0 para o Bugre de Campinas.
Já no Campeonato Paulista o time terminou em último lugar, depois de abandonar o torneio, mesmo conseguindo bons resultados.
Ainda em 1928, o Commercial fez seu primeiro jogo fora do país, quando enfrentou, em Montevidéu, o time do Peñarol Universitário, atual Peñarol, e venceu por 2 a 0 com gols de Vespu e Chapa.
Com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929, os fazendeiros entraram em declínio e os investimentos no Commercial baixou.
Em 1935, o clube paralisou oficialmente seu Departamento Profissional de Futebol. O Leão saiu de campo. A diretoria havia comprado os irmãos Bertoni, uruguaios, que ganhavam altos salários para a época. Os outros jogadores se insurgiram, pois queriam ganhar o mesmo. As finanças foram se deteriorando. A situação agravou-se quando os sócios de maiores posses, aqueles que achavam que o futebol deveria ser praticado por amor à camisa, se afastaram.
Tendo em vista que o futebol poderia levar o clube à ruína, e não sobraria mais nada de um patrimônio valioso, comercialinos como Camilo de Mattos e Antônio Uchôa Filho resolveram intervir. Convocaram uma assembléia e o Commercial foi anexado à Sociedade Recreativa que absorveu a dívida de 40 contos, isso em 3 de agosto de 1936.
O primeiro escudo do Commercial foi bem diferente do que muitos imaginam. Quando o Leão foi fundado, em 1911, seu símbolo compunha-se de um círculo, cujo o fundo era branco e o contorno preto. Dentro desse círculo, eram dispostas, lada-a-lado, as letras C F C, e estas letras, ainda não eram entrelaçadas, porém, já eram da cor preta. O Leão utilizou esse escudo até a metade da década de 10, quando o trocou o escudo redondo, pelo acrónimo abaixo descrito.
Na metade da década de 10, a diretoria do Commercial adotou como escudo apenas o acrónimo (sigla) CFC, cujas letras, agora, se entrelaçavam, continuando na cor preta. Em volta das letras não existia nada, nem circulo, nem escudos, nada. Esse símbolo foi utilizado da metade da década de 10 até 3 de agosto de 1936, quando se fundiu com a Recreativa. Esse acrónimo pode hoje ser visto no atual escudo do Leão, pois ele fica acima da faixa onde é escrito "Ribeirão Preto".
Curiosamente, os atuais escudos do Comercial e da Recreativa (que são praticamente iguais), no formato em que conhecemos hoje, só surgiu quando os clubes foram anexado a fundidos, em 3 de agosto de 1936.
Em 07 de outubro de 1954, um grupo de comercialinos inconformados com o abandono dos gramados, resolveram ressurgir com o Leão do Norte.
Após desfilia-lo da Recreativa, o time passou por uma nova fusão, desta vez com o Paineiras Futebol Clube, fazendo com que ressurgisse o alvinegro.
Com reativação do clube em 1954, o nome da equipe foi atualizado, passando de Commercial Football Club, para COMERCIAL FUTEBOL CLUBE. Apesar da mudança da grafia de seu nome, a equipe do Comercial é a mesma que brilhou nos gramados paulistas de 1911 a 1936, ficando temporariamente afastado do futebol entre 1936 a 1954, e retornando, mais vivo do que nunca em 1954.
O escudo do Comercial, desde então, passou a ser igual ao da Recreativa, mudando apenas dois detalhes: a inscrição na faixa, que no símbolo da Recreativa é "Rib. Preto", e no do Comercial passou a ser "Ribeirão Preto"; e o acréscimo do acrónimo "CFC" (que foi o escudo do Commercial desde a metade da década 10), no lugar da palavra "Recra" (apelido da Recreativa), no espaço acima da faixa.
Com sua reativação, o Comercial passou a mandar seus jogos no Estádio Antônio da Costa Coelho, localizado na Avenida 1º de Maio, na Vila Virgínia, em Ribeirão Preto. O Comercial utilizou o estádio até outubro de 1964.
Mesmo após o Comercial deixar de utilizar o estádio, o local ainda continuou recebendo jogos de futebol, porém, amadores. Hoje, o Estádio Costa Coelho ainda existe, e é sede do Clube Mogiana.
Em 1954, logo no primeiro ano em que retornou ao profissionalismo, o Comercial poderia ter conquistado uma vaga na primeira divisão, e logo de cara, poderia ter sido campeão da segunda divisão.
Com uma campanha invejável, chegou às finais, e novamente faria uma importante final de campeonato contra o time do EC Taubaté, o mesmo que lhe tirou o título do interior em 1919.
O placar da final foi um polêmico 0 a 0, num jogo que teve um gol anulado e um pênalti não marcado para o Comercial. O EC Taubaté novamente foi campeão em cima do Comercial, mas desta vez subiu para elite do futebol paulista. O Comercial ficou com o vice-campeonato e conhecido como o "Campeão sem Coroa".
Após ser vice em 1954, ver o rival Botafogo ser vice de 1955 e campeão em 1956, e ainda não conseguir chegar a final de 1957, o Leão pode finalmente, em 1958, soltar o grito de campeão, e comemorar o título da segunda divisão, além do acesso para primeira divisão.
Nesse campeonato as equipes foram colocadas em quatro grupos denominados Branco, Azul, Verde e Amarelo. Os três primeiros colocados de cada grupo passariam para uma fase eliminatória chamada "Torneio dos Finalistas". Nesse "Torneio dos Finalistas", os clubes seriam novamente divididos em dois grupos, chamados agora de "Grupo João Havelange" e "Grupo Paulo Machado de Carvalho", onde se enfrentariam dentro dos grupos em turno e returno, e o campeão de cada grupo passaria para a final, que seria em três jogos.
O Comercial jogou a primeira fase no Grupo Branco, onde classificou-se em terceiro lugar, com 23 pontos, para a fase eliminatória, o "Torneio dos Finalistas".
Na fase eliminatória, o Comercial foi colocado no "Grupo João Havelange", onde, após 10 jogos, sagrou-se campeão do grupo com 13 pontos, e conquistou o direito de jogar a final da competição contra o Corinthians de Presidente Prudente, que havia sido campeão de seu grupo, o "Grupo Paulo Machado de Carvalho", no "Torneio dos Finalistas".
Na final foram realizadas três partidas: no primeiro jogo, realizado em Presidente Prudente, o Corinthians venceu por 1 a 0; na segunda partida, em Ribeirão Preto, o Comercial levou a melhor e ganhou pelo mesmo placar, 1 a 0; já no terceiro e decisivo jogo, no dia 21 de abril de 1958, não deu pra ninguém, o Comercial goleou por 4 a 0 o Corinthians de Presidente Prudente, em jogo realizado no Estádio do Pacaembu. A equipe comercialina era formada por: Santão, Toninho, Valdemar, Parracho e Candão, Valtinho, Lécio, Ademar, Otávio, Almeida e Carlos César. Carlos César fez dois gols, e Ademar e Lécio completaram a goleado.
O Comercial Futebol Clube, de Ribeirão Preto, era o novo caçula da Divisão Especial. Uma eufórica torcida promoveu um grande carnaval na cidade para comemorar a conquista.
O início do anos 60 foi uma época em que o Comercial tinha grandes craques, como o próprio Carlos César, e os potentes chutes de esquerda, que lhe valeram o apelido de "esquerdinha de ouro". Havia também o zagueiro Peter, um jogador de físico privilegiado, que se consagrou como o melhor marcador de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, reconhecido pelo próprio Rei do futebol. E foi nessa época que o Comercial viveu um dos melhores momentos de sua história. Com um verdadeiro esquadrão, o bafo era imbatível dentro de sua casa e conseguia grandes resultados fora dela. Em 1962, o clube foi vice-campeão da Taça São Paulo, perdendo apenas a final para o Santos de Pelé.
Em 14 de outubro de 1964, inaugurou seu atual estádio, o Palma Travassos, na derrota de 3 a 2 para o Santos. Paulo Bin, atacante do Comercial marcou o primeiro gol.
Em 1965, venceu a Copa Ribeirão Preto jogando contra Corinthians, Fluminense e Botafogo carioca.
Foi em 1966 que o Leão viveu seu melhor ano, e seu time, de tão bom, foi apelidado de "Rolo Compressor".
Foi realmente um grande ano para o clube.
Foi no Comercial que o lendário Garrincha, um dos maiores gênios do futebol brasileiro, marcou seu último gol como profissional. O tento aconteceu no no jogo Olaria 2 x 2 Comercial, em 23 de março de 1972.
Em 1974, o Leão quebrou um tabu de sete anos e nove meses ao vencer o Botafogo, e pela primeira vez no estádio Santa Cruz. O placar foi de 2 a 1 para o Comercial, gols de Davi e Jader. Sócrates marcou para o Botafogo. O time ainda realizou outras façanhas naquela década.
Ainda em 1974, o Leão cruzou mais uma vez o caminho do Palmeiras. Venceu por dois a zero em pleno Parque Antártica, e o Verdão não se classificou para a disputa do primeiro turno do Campeonato Paulista daquele ano. Luisão marcou os dois gols. No segundo turno, o Palmeiras deu a volta por cima e conquistou o campeonato daquele ano. O Comercial ficou em sétimo lugar.
Em 1976, o Leão venceu o Quadrangular Interestadual do Norte, torneio amistoso realizado no estado do Paraná, que contou com a participação dos clubes: Londrina EC, Grêmio Maringá, Atlético Paranaense, além do próprio Comercial.
Em 1978 e 1979 disputou o Campeonato Brasileiro, em 1979, inclusive, ficou em 14º entre 94 clubes.
No início da década de 80, o Comercial conseguiu grandes resultados como golear o Corinthians em Palma Travassos por 4 a 0, o Santos na vila: 3 a 1, o São Paulo no Morumbi por 5x4. Em 1980 foi campeão do primeiro turno do Campeonato Brasileiro da Taça de Prata, a segunda divisão do nacional na época. Em 1981 foi campeão do "grupo vermelho", um dos grupos do Campeonato Paulista de 1981, após bater o Marília por 2 a 0. Em 1983, quebrou um tabu de oito anos, ao derrotar em São José do Rio Preto, o América, por 2 a 0 e goleou o São Paulo por 4 a 1, em Palma Travassos.
Em 1986, para desespero dos comercialinos, o time caiu para a Divisão Intermediária do Campeonato Paulista. Tudo aconteceu depois de uma partida entre América e XV de Jaú, que ficou conhecida como o "jogo da marmelada", onde as duas equipes dependiam de um simples empate para permanecerem no grupo de elite do futebol de São Paulo. Mas não houve futebol em campo, mas uma marmelada para derrubar o Leão. O time ganhou a disputa nos tribunais, porém o presidente do Comercial na época achou melhor não polemizar mais e acatou as ordens da federação paulista e foi para divisão intermediária. O clube já havia passado pela mesma situação em 1967. Num confronto com a Portuguesa de Desportos, no Palma Travassos, aconteceram alguns incidentes. O Leão teve um gol anulado e alguns torcedores invadiram o gramado. A partida foi anulada. No jogo seguinte, o Comercial perdeu por um a zero, mas depois de uma longa briga nos tribunais, ganhou no Conselho Nacional de Desportos (CND) o direito de continuar na Primeira Divisão. A Portuguesa havia entrado em campo com um jogador que não estava inscrito.
Ainda em 1986, no dia 09 de julho, o Comercial conseguiu o feito de ser, até hoje, o último time a ganhar do São Paulo FC, dentro Morumbi, marcando 5 (cinco) gols. O placar do jogo foi São Paulo FC 4 x 5 Comercial.
Fonte: http://paginas.terra.com.br/esporte/rsssfbrasil/tables/sp1986.htm
Com a queda de 1986, o time mergulhou numa profunda crise financeira. Além de alguns equívocos administrativos, jogando numa divisão inferior, as rendas eram pequenas e não davam para manter um elenco capaz de levar o Comercial de volta a Divisão Especial. Foram sete anos de sofrimento para a apaixonada torcida. O Comercial montou um time competitivo em 1993, numa demonstração de que o futuro ainda reservava emoções para o torcedor do Leão. Neste mesmo ano, ficou em segundo lugar na Divisão Intermediária do Campeonato Paulista. Devido a mudanças na estrutura do campeonato, o Comercial disputou a Série A2, onde permanece até os dias de hoje.
No final da década de 90 fez campanhas regulares e voltou a disputar o campeonato brasileiro da série C e vem lutando para voltar a primeira divisão.
Em, 25 de janeiro de 2006, foi vice-campeão da Copa São Paulo de Juniores ao empatar em 0 a 0 no tempo normal de jogo e perder nos penaltis para o América de São José de Rio Preto. A partida foi realizada no estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Seguindo exemplos de grandes clubes como Milan, Real Madrid e Corinthians, o Comercial lançou em 02 de outubro de 2008, às 19:30, no canal comunitário RP 9, seu programa de TV, o "TV Leão", tornando-se assim, o primeiro time de Ribeirão Preto a ter um espaço próprio numa emissora. O programa de exibição semanal, é produzido pela própria assessoria de imprensa do clube, e tem apoio de importantes jornalistas da região, como Lincon Fernandes (que é Assessor de Imprensa do Comercial), e o locutor esportivo Renê Andrade.
No dia 15 de outubro de 2008 o Comercial fez uma homenagem a todo elenco de 1964, considerado um dos melhores elencos da história do clube.
No Estádio Palma Travassos, o Leão do Norte entrou em campo para enfrentar o Juventus, em partida válida pela 2ª Fase da Copa Paulista de 2008, usando um uniforme novo, cujos detalhes eram inspirados no uniforme utilizado pelo clube em 1964, quando o time viveu uma de suas melhores fases, com grandes jogadores como Paulo Bin, Carlos César, e Piter.
Para completar a festa, dois dos craques daquele time de 1964, Piter e Paulo Bin, foram convidados a entrar em campo com os jogadores do atual elenco comercialino.
A partida terminou empatada em 2 a 2.
Dia 19 de abril de 2009 foi a data da última partida do Comercial na segunda divisão paulista. O empate em 1 a 1 com a equipe do São José era apenas mais um dos frustrantes resultados que levaram o glorioso Leão do Norte pela primeira vez em toda sua história á terceira divisão do campeonato paulista. A campanha pífia do Bafo, que terminou na 18ª posição do campeonato, somando apenas 16 pontos em 19 jogos (sendo 4 vitórias, 4 empates e 11 derrotas). O então atual presidente em exercicio Eduardo Mauro Baptista não negava a crise que o clube vivia,e não aceitou a ajuda de alguns empresários comercialinos para tentar salvar clube, ajuda essa que por exemplo seria para contratar um determinado tecnico, mas o presidente atual rejeitou a ajuda, culminando assim na queda do Comercial F.C para a série A3 em 2010
Como se não bastasse o rebaixamento, a rejeição da ajuda, o descaso da cupula comercialina, o Comercial se depara com uma das maiores crises de sua história, onde até a posse de seu estádio, o Palma Travassos, está em jogo
Na primeira semana após o rebaixamento, alguns diretores encabeçados pelo atual presidente em exercicio Eduardo Mauro Baptista e motivados pelo espirito politico do senhor Luis Joaquim Antunes, fizeram uma espécie de movimento para vender todo o patrimonio do Comercial Futebol Clube. Alegando que esta seria a unica saida para o Comercial renascer, como o clube esta afundado num mar de dividas trabalhistas, muitos de seus diretores resolveram acatar o movimento entitulado " VENDER O LEÃO É A SOLUÇÃO",movimento este que ganhou adptos importantes, como juizes, promotores advogados e afins. Porem quando tudo estava praticamente perdido faltando pouco mais de 3 dias para concretizar-se a venda de todo o patrimonio do comercial. Surgiu uma luz no fim do tunel,o senhor José Fernando de Athayde, um ex presidente respeitadissimo no clube, fez novamente brotar o sangue leonino nas veias daqueles que eram totalmente contra a venda do Estadio Drº Francisco de Palma Travassos, e convocou todos que eram contra a venda à lutar até o ultimo momento para tentar reverter a situação. Houve por parte de varias pessoas uma mobilização para salvar ao menos o estadio e todo este esforço por parte foi válido pois o estadio não fora a leilão.
Campeão
Vice-Campeão
Campeão
Campeão
Vice-campeão
Campeão
Vice-campeão
O hino do Comercial tem letra de Daniel Amaral de Abreu e música de Belmácio Pousa Godinho