Rua Florêncio de Abreu
Imagens ano 1.943 - Saída Dna Sinha Junqueira, missa inauguração do Educandário "Cel" Quito Junqueira.
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A primeira Igreja de Ribeirão Preto, também chamada de “velha Matriz”, começou a ser construída em 1866 e ficou pronta em 1870. Ficava na hoje praça XV de Novembro (fotos abaixo).
No final dos anos 1800, depois que as torres da Matriz ruíram, a população se mobiliza para dotar a cidade de uma Matriz “a altura de sua importância”.
Em 1892, é formada a primeira comissão encarregada de construir uma nova Igreja. Entre seus membros, o “rei do Café” coronel Francisco Schmidt e o também fazendeiro Manoel da Cunha Diniz Junqueira, que muito tempo depois terá seus restos transladados para a Catedral.
Benção
Em 21 de outubro de 1893, de forma solene, é dada a benção e lançada pedra fundamental da nova Matriz, no “largo do cemitério velho” – referência ao cemitério que existiu naquela área, provavelmente na década de 1870. A planta é oferecida por José Alves Guimarães Junior. No livro “Subsídios para a História Religiosa de Ribeirão preto (Cúria Metropolitana, 1973), o falecido monsenhor João Lauriano conta como essa cerimônia foi registrada no Livro do Tombo:
“(...) O Reverendo Pároco Joaquim Antonio de Siqueira deu começo a Bênção solene, segundo o Ritual Romano, da pedra fundamental, e depois da Benção foram depositados na concavidade da mesma pedra diversas moedas, jornais e bem assim o presente auto” (Livro do Tombo fls. 66 verso e 67).
Mas monsenhor Siqueira adoece, deixa Ribeirão Preto para tratamento de saúde em 1895. Seu substituto chega a lançar os alicerces mas a obra para por falta de dinheiro. A Câmara Municipal manda então enterrar os alicerces.
Em 1900 monsenhor Siqueira retoma o posto de vigário de Ribeirão Preto e é formada nova comissão, com as presenças do coronel Schmidt e do também coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira. Os recursos deixados pela comissão anterior somavam 43 contos de réis - o dinheiro foi utilizado na reabertura dos alicerces e na compra de ações da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Em novembro de 1900, numa reunião da comissão na casa do cel. Schmidt, os integrantes discutem qual o melhor local para a nova Matriz. Parte defende a construção no agora largo 13 de Maio (antigo largo do Cemitério Velho). Outros preferiam a praça XV, onde estava a velha Matriz. As duas propostas vão a voto e vence o Largo 13 de Maio.
Abre-se então uma concorrência para a escolha do projeto (base entre 400 e 500 contos de réis).
Em Janeiro de 1901, no Teatro Carlos Gomes, aconteceu a reunião para julgamento das 33 plantas encaminhadas por 25 engenheiros e arquitetos. O júri técnico, formado pelos engenheiros residentes em Ribeirão Preto, Rufino A. de Almeida, Aniceto Mazzoni e Afonso Geribello, indica não um vencedor, mas dois finalistas: Victor Dubugras e Carlos Ekman.
Por fim, a comissão decidiu-se pelo projeto do sueco Ekman, um dos introdutores do neoclassicismo no Brasil (Vila Penteado, São Paulo, 1902).
Quando tudo parecia que ia engrenar, a sonhada construção não começa – não há dinheiro em caixa. Passam-se dois anos (1901 e 1902) e só em janeiro de 1903 a comissão volta a se reunir – mas falta quórum. Logo em seguida uma epidemia de febre amarela literalmente esvazia Ribeirão Preto - a maior parte dos habitantes foge para as fazendas.
A comissão volta a ter uma reunião em fevereiro de 1904. Naquele início de ano discute-se em toda a cidade – e na Câmara Municipal – a ampliação do “jardim do Dr. Loyola”, inaugurado em 1901. Mas como ampliar o jardim (origem da praça XV) sem antes remover a velha Igreja Matriz? O prefeito Floriano Leite Ribeiro e o Bispo de São Paulo fazem um acordo e a Câmara desapropria a velha matriz por 50 contos de réis.
No dia 3 de março de 1904 é novamente lançada a pedra fundamental da futura Matriz. Em dezembro daquele ano são concluídos os alicerces e em maio de 1905 é celebrada uma missa campal no local.
As paredes são levantadas entre 1905 e 1908. Em fevereiro de 1909 dom Alberto José Gonçalves toma posse como primeiro bispo – a cerimônia acontece na Igreja São José (um acanhado prédio na rua Álvares de Cabral, 55, estava servindo de matriz provisória, já que a velha havia sido demolida em 1905).
E em 21 de março de 1909 dom Alberto “benze as partes concluídas (artigo “Subsídios para a História de Ribeirão Preto”, de Plínio Travassos dos Santos, Diário de Notícias, 19/06/1956) e a nova Matriz assume o papel de palco maior da vida católica na cidade.
Curiosidades sobre a Catedral
Origem - Wikipédia