Rua Martinico Prado
Uma das ruas principais e mais antiga da Vila Tibério. Martinico Prado, nasceu em São Paulo, SP, em 17/11/1843. Filho de Martinho da Silva Prado e Veridiana Valéria da Silva Prado, tinha o apelido de Martinico. Passou sua infância na chácara da família e, aos 17 anos, ingressou na Escola de Direito de São Paulo.Durante o período de faculdade, iniciou a militância em prol das causas abolicionista e republicana. Em 1865, alistou-se para participar da Guerra do Paraguai onde ficou por cinco meses. Formou-se em 1866 e foi nomeado promotor, demitindo-se em seguida. Em 1868, casou-se com Albertina de Morais Pinto e mudou-se para o atual município de Araras, onde administrou as fazendas de seu pai, Campo Alto e Santa Cruz. Como fazendeiro, desbravou terras e formou várias fazendas de café. Em Araras, foi vereador e nomeou várias ruas da cidade com nomes de personagens da História ligados à democracia e à liberdade. Com a visita do Imperador àquela cidade, os nomes foram cobertos ou substituídos às pressas. Em 1876, mudou-se para São Paulo, filiou-se ao Partido Republicano e ingressou na política como deputado na Assembléia Provincial. Foi um dos fundadores da Sociedade Promotora da Imigração em 1876, entidade que tinha como objetivo a introdução de imigrantes europeus na lavoura de café em substitui-ção à mão-de-obra escrava. Em 1877, visitou a Vila de Ribeirão Preto e escreveu vários artigos no jornal “Província de São Paulo” (atual “O Estado de S. Paulo”), exaltando a fertilidade das terras da região. Em seguida, adquiriu a fazenda Albertina e, em 1885, comprou a fazenda Guatapará, onde utilizou mão-de-obra livre com pagamento determinado e registro em cartório, plantando mais de 1,8 milhão de pés de café. Em sociedade com seu irmão, adquiriu depois a fazenda São Martinho. Em Ribeirão Preto, Martinho Prado foi proprietário de uma chácara adquirida em 1889 de Rodrigo Pereira Barreto. A casa da chácara, demolida na década de 1970, ficou conhecida como “Palacete Martinho Prado” e, posteriormente, foi adquirida pela Companhia Antarctica Paulista, lá funcionando a sede da Fundação Antonio e Helena Zerrener. Foi pai de doze filhos. Faleceu em São Paulo em 28/7/1906