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Notícias

Casas pensadas para idosos diminuem riscos de acidentes domésticos

Mais de 7 milhões de idosos vivem no estado de São Paulo, o que representa 15,9% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o aumento do número de pessoas com mais de 60 anos, a sociedade precisa se adaptar para oferecer qualidade de vida aos idosos. E pensar em residências para pessoas da terceira idade é uma das necessidades mais importantes. As casas precisam de adaptações ou devem ser projetas com total acessibilidade. Em entrevista ao G1, o arquiteto Eduardo Rodrigues, de Sorocaba (SP), pontuou as mudanças possíveis para realizar em uma casa e os objetos que devem ser evitados para prevenir acidentes.   Casas pensadas para idosos diminuem riscos de acidentes domésticos (Foto: Pixabay)   "Quando vamos planejar as casas agora avisamos os clientes sobre o envelhecimento, focamos o projeto a longo prazo, o que facilita a vida no futuro e não requer grandes reformas", afirma o especialista. O primeiro ponto destacado pelo especialista é a iluminação dos ambientes onde vivem os idosos, que podem ter problemas na visão. Em corredores, por exemplo, a luz superior - do teto- pode não ser suficiente, por isso a recomendação é instalar balizadores. Os balizadores são luzes fixadas na parede, como pequenas luminárias, e ajudam a iluminar o caminho do corredor de um cômodo a outro. "Como alguns já enxergam menos, tem dificuldade na visão é ideal que os locais sejam muito bem iluminados", afirma Eduardo. Em portas de correr, como as que dão acesso a sacadas e varandas, a melhor opção é de trilhos embutidos no piso, de modo a evitar quedas. Os cuidados com o solo também incluem pisos antiderrapantes, que garantem maior aderência ao caminhar.   Cozinhas com prateleiras facilitam a visão dos objetos (Foto: Pixabay) Tapetes e mesas de centro podem ser vilões das pessoas idosas, e aumentam o risco de acidentes. As mesas de centro devem ficar próximas de alguma das paredes e os tapetes podem ganhar fixadores de silicone nas pontas.Em casas com idosos que se esquecem com facilidade das coisas ou têm Alzheimer, os objetos devem estar o mais visível possível, como em estantes e prateleiras, ao invés de armários fechados na cozinha e sala.A largura das portas muitas vezes torna-se um empecilho quando o idoso possui dificuldades de locomoção e precisa de andadores ou cadeira de rodas. "Aumentar as proporções de portas para passagens de uma cadeira, por exemplo, já melhora a movimentação. A maioria das pessoas pensa que as portas maiores são muito mais caras, mas nem sempre é assim, além do custo benefício", diz o arquiteto.Nos banheiros o cuidado deve ser redobrado. Eduardo Rodrigues contou que um dos artifícios usados atualmente é deixar o box mais amplo, de modo que o vaso sanitário fique dentro dele. A divisão entre o assento e área do chuveiro fica por conta de uma porta de vidro com dobradiças.

14 de agosto de 2018

6 dicas para deixar sua casa segura durante a viagem

Deixar a casa vazia durante as férias ou feriados pode transformá-la em alvo fácil para os ladrões caso você não tome certas precauções. Confira a seguir 6 dicas para evitar surpresas desagradáveis na volta da viagem. 1 - Peça para vizinhos ou alguém de confiança recolher jornais e correspondências da casa. Isso é importante para evitar sinais de que a casa está desocupada. 2- Deixar as luzes da casa acesas pode acabar tendo o efeito inverso do pretendido. Se alguém passar no local e notar que ela está acesa há algum tempo por noites e dias, a luz pode acabar chamando a atenção para a ausência de moradores, e não para a presença deles. 3 - Deixe uma chave com alguém de confiança que possa verificar se está tudo em ordem com a casa de tempos em tempos. 4- Antes de viajar, cheque as entradas. Reforce as janelas com uma madeira e traque as portas internas da casa para dificultar a circulação em caso de invasão. 5 – Informe os porteiros e seguranças sobre a viagem e deixe claro que nenhuma visita ou prestação de serviço está autorizada neste período. 6 - Caso a sua residência tenha algum sistema de segurança, é importante que seja dado o número de alguma outra pessoa que possa verificar facilmente se está tudo em ordem se houver alguma ocorrência.Depois de seguir  estas dicas de segurança você com certeza vai viajar mais tranquilo e aproveitar muito a viagem.Quer saber mais dicas de segurança? Clique aqui e confira.

09 de novembro de 2016

Para tentar coibir roubos e assaltos, prédios usam biometria e mais portões

Em Rio Preto, prédio passa a ter 'vaga do ladrão', para motorista estacionar quando há assaltante no carro. Para entrar no condomínio, o morador passa por um sistema de identificação biométrica, dois portões e portaria blindada. A cena, recorrente na capital paulista, está se tornando comum também no interior do Estado. Condomínios estão virando "fortalezas" até em localidades sem registro de arrastões a prédios e com índices de criminalidade menores que os de São Paulo. Síndico de um prédio de 228 apartamentos em São José do Rio Preto, Junior Villanova já aplicou cerca de R$ 40 mil e investirá mais R$ 20 mil em segurança -incluindo um sistema que fotografa visitantes, equipamentos biométricos e "vaga do ladrão", onde o morador estaciona para alertar se há um bandido no carro. "As cidades estão crescendo e, com isso, vêm os problemas. A gente tem que investir pesado na segurança." Para o delegado Genival Santos, no entanto, esses "problemas" não existem. "Temos dezenas de condomínios, mas não há assaltos ou arrastões. Teve um furto no ano passado", diz. Para o diretor de condomínios da regional do Secovi (sindicato das empresas do setor imobiliário), Alessandro Nadruz, "as pessoas estão se adiantando ao problema". Em Sertãozinho, a apresentadora de TV Letícia Bighetti Savegnago, 32, decidiu construir sua casa num condomínio com "gaiola" -são dois portões, e o interno só abre quando o outro é fechado. O residencial, em área nobre, conta ainda com câmeras e monitoramento privado. O condomínio custa de R$ 1.000 a R$ 1.500. "A primeira razão [para morar no local] é a segurança. Sei de pessoas de casas em ruas abertas que, quando abrem o portão eletrônico, o ladrão entra junto", disse. O próprio prefeito da cidade, Nério Costa (PPS), mudou-se para um condomínio fechado. "Não é só em cidade grande. Um lugar como Sertãozinho requer esse tipo de cuidado", diz o síndico do residencial do prefeito, Flávio Aparecido Laureano, 40. Em Marília, um prédio de classe alta acabou de finalizar um sistema de segurança de R$ 200 mil, com portaria blindada, "gaiola" e identificação biométrica. Em São Carlos e Presidente Prudente, também há sistemas semelhantes. Viviane Cubas, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, diz que, mesmo com índices de criminalidade baixos, essas cidades têm violência, o que pode justificar a adoção dos sistemas. Veja Mais  

23 de fevereiro de 2012

Medo leva morador de Sertãozinho a condomínio fechado

De alto padrão, residencial adota sistema em que um segundo portão só abre quando o primeiro é fechado. Administradora afirma receber ligações de vítimas de assalto que agora querem morar em um local fechado.  Sertãozinho, vizinha a Ribeirão Preto, carrega no nome uma simplicidade de cidade de interior que há muitos anos deixou de ter. O município, de pouco mais de 110 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) fechou 2011 com o registro de 1.681 furtos e 407 roubos, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública. O medo de assaltos residenciais levou moradores a buscar a segurança de condomínios fechados, de casas ou apartamentos. No Burle Marx, condomínio de casas de alto padrão no Jardim Botânico, há dispositivos de segurança que não deixam nada a desejar aos existentes na capital. Além de portaria funcionando 24 horas e cercas elétricas nos muros, existe reclusa de contenção de veículos, conhecida como gaiola. São dois portões, de modo que o interno só se abre quando o portão da rua é fechado. O residencial conta ainda com câmeras e com o monitoramento de uma empresa de segurança privada. Tanto aparato se faz necessário para garantir a tranquilidade de moradores de classe social elevada -a maioria é de empresários na cidade. O próprio prefeito de Sertãozinho, Nério Costa (PPS), mudou-se para um condomínio fechado, o Villa Borguese, com 104 casas. A Rio Branco, empresa que administra o condomínio, informou receber ligações de pessoas que foram assaltadas no município e que querem agora a segurança de um local fechado. Para o síndico do Villa Borghese, o empresário Flávio Aparecido Laureano, 40, aparatos de segurança deixaram de ser uma preocupação somente de paulistanos. "Não é só cidade grande. Um lugar como Sertãozinho requer esse tipo de cuidado", afirmou Laureano. A apresentadora Letícia Bighetti Savegnago, 32, decidiu construir sua casa no condomínio onde já mora parte da família do marido, que deve ficar pronta em um ano. "Aqui fico mais tranquila." Veja Mais    

23 de fevereiro de 2012

Saiba como deixar a casa mais segura antes de cair na folia

Quem pretende cair na folia durante o carnaval não pode esquecer de alguns cuidados básicos de segurança antes de fazer as malas e pegar a estrada. A dica vale tanto para moradores de casas como de apartamentos. “O principal erro cometido pelos moradores é deixar as luzes acesas. Ninguém faz isso normalmente. É um equívoco achar que o ladrão não vai perceber”, conta o vice-presidente de administração imobiliária e de condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Hubert Gebara. Desligar a campainha e o telefone, segundo Gebara, também evita que percebam que não há pessoas em casa. Deixa a dúvida se há alguém em casa ou não, pois ninguém vai saber ao certo se é o sistema que está com problema ou se está tocando, mas com um volume mais baixo. Outra dica de Gebara é nunca deixar as chaves na portaria. Se por algum motivo o condomínio for invadido por bandidos, suas chaves serão as primeiras a que eles terão acesso. O ideal é deixá-las com um parente ou amigo e passar o número de telefone dele para o porteiro ou zelador acionar em caso de emergência. Para quem mora em casa, é bom deixar o vizinho do lado avisado de sua saída e informar a ele quem pode acionar caso ocorra algum acidente. Se você tiver um bom relacionamento com ele, pode até deixar as chaves. Na opinião Gebara, também não é bom fazer muito alarde sobre a viagem na vizinhança. “Não precisa falar para todos. Avise apenas o seu vizinho de corredor, ou o de lado, zelador ou segurança do condomínio de sua confiança”, comenta. Jornais – Para o gerente geral de condomínios da APSA, Geraldo Victor, quem vai viajar também deve checar se as portas e janelas estão bem fechadas. A entrega de jornais, revistas e outras correspondências também devem ser suspensas ou controladas por um parente ou amigo. “Se você mora em condomínio, oriente o porteiro a deixar as correspondências e as revistas em um lugar seguro até seu retorno. Programe com antecedência a interrupção da entrega de jornal. Isso evita desperdício e também camufla a sua saída”, diz. Outra medida que deve ser aplicada pelos síndicos, no caso de condomínios, é o reforço das rondas tanto noturnas quanto diurnas. “A cidade está mais vazia. Então, principalmente os grandes empreendimentos, tornam-se mais visados por ladrões”, ressalta o gerente de relacionamento da Lello Condomínio, José Maria Bamonde. Não pense, porém, que os cuidados com a casa limitam-se à segurança. De acordo com Bamonde, também é preciso fechar a saída de gás de fogões e aquecedores e olhar todas as torneiras e chuveiros para se certificar de que não há nenhum vazando. “É bom que se feche os registros e, se a geladeira estiver vazia, até mesmo a caixa de luz. Pode parecer excesso de zelo, mas são cuidados básicos que podem fazer toda a diferença para garantir o seu retorno ser tranquilo.”. Bamonde ressalta que os moradores desliguem os aparelhos eletrônicos: televisão, ventilador, geladeira, aparelho de som, máquina de lavar etc. “Caso ocorra um problema elétrico no prédio ou na casa, seus aparelhos serão poupados”, orienta Veja Mais  

22 de fevereiro de 2012

Veja como oferecer maior proteção a sua família

A falta de segurança nas grandes cidades está aumentando a procura por blindagem de imóveis. Antes restrito a bancos, casas de câmbio, consulados e empresas, o serviço, também conhecido por “blindagem arquitetônica“, está sendo requisitado para residências. Os valores cobrados são elevados. Blindar a casa inteira pode custar R$ 700 mil. Apenas a porta sai por R$ 4 mil, enquanto a janela custa entre R$ 1.500 e R$ 1.800. A Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) estima que existam cerca de 15 mil residências com portas blindadas em São Paulo. Só no ano passado, a procura pelo serviço aumentou aproximadamente 30%. Nas residências, o mais usual é a blindagem da porta, das janelas, dos corredores de acesso aos principais cômodos e as células de segurança, conhecidas como “quarto do pânico” – popularizada no filme O quarto do pânico, protagonizado pela atriz Jodie Foster, que teve a casa invadida por assaltantes e se protegeu em um cômodo totalmente seguro. Segundo o diretor da Vault, empresa especializada em blindagem, Vinicius de Lucas, o aço, o vidro e o concreto armado (feito com brita) são os tipos de materiais mais usados. No caso das portas há vários níveis de proteção balística. Os de nível III seguram balas de calibre 357 Magnum, enquanto o nível IV resiste a disparos de fuzil. Além disso, as portas blindadas pela empresa têm fechadura multidirecional com diversos pontos de travamento, isolamento térmico e acústico, dobradiças que funcionam como travas adicionais e acionamento simples. “As cidades de São Paulo e do Rio são os principais mercados desse tipo de produto. Enquanto em São Paulo a maior procura é pela blindagem de portas e de casas de alto padrão, em função do alto número de assaltos à mão armada, no Rio os focos são as janelas dos prédios residenciais e as fachadas dos edifícios comerciais – por conta das balas perdidas”, afirma Lucas. Como na capital paulistana as casas de alto padrão são as que mais procuram esse tipo de serviço, as empresas têm se preocupado com a estética do produto. “Estamos recebendo consultas de arquitetos, que nos mostram portas e janelas blindadas com design inovador. Apesar de todo o material pesado usado na proteção, conseguimos entregar um produto bonito e harmônico à decoração do imóvel”, diz o profissional. Mais...

30 de outubro de 2011

Cartilha dá dicas para evitar invasão de ladrões a prédios

O assalto a um prédio no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio, no último domingo, foi mais uma evidência de que a segurança predial é um assunto importantíssimo para administradores, síndicos e moradores. Para blindar o prédio contra bandidos, muitos investem em infraestrutura e tecnologia, mas, será que isso é suficiente? De acordo com Raimundo Castro, consultor de segurança predial do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio), não: “A segurança predial é baseada em um trinômio: recursos humanos, estrutura e tecnologia.” Por recursos humanos, entenda-se porteiros. Para quem pensa que cuidar do entra e sai dos moradores é uma tarefa fácil, um alerta: esse profissional tem que estar muito bem treinado. Caso contrário, todo o investimento feito para a segurança será em vão. Para ajudar esses profissionais, a Protel Administradora elaborou uma cartilha com os principais disfarces dos ladrões e a melhor maneira de evitar esses golpes. Então, atenção porteiros! Cuidado com entregadores de encomendas e com pessoas que tentam entrar sem a autorização de um morador. A Protel avisa que a maioria das invasões a condomínios se dá pela portaria de pedestres. Assim, mesmo que a pessoa pareça a mais inofensiva do mundo, nunca deixe de checar se a visita é esperada pelo morador, confirmando qual o nome e o andar do mesmo, antes de dizer qualquer informação que possa facilitar a vida do assaltante. “Uma dica para evitar invasões de entregadores é perguntar o telefone do local onde ele trabalha. Se ele se virar para ver o número, desconfie. Pode não ser nada, mas é preciso redobrar a atenção nesse caso”, afirma o consultor do Secovi Rio. Outro truque utilizado pelos bandidos é se valer da confiança passada por uniformes de empresas de serviços públicos. Para não cair nessa, o porteiro deve sempre pedir para olhar o crachá da empresa. Responsabilidade do morador - Apesar de os porteiros serem os principais responsáveis por evitar o assalto, os moradores podem e devem contribuir com a segurança do prédio. De acordo com a Protel, os condôminos também devem ficar atentos na hora de autorizar a entrada de entregadores, prestadores de serviço e visitas. Além disso, é indicado observar se há alguma pessoa estranha na hora de sair ou entrar da garagem. Se houver, a dica é ficar de olho e alertar o porteiro, caso seja necessário. E se o bandido já está dentro do prédio, o que fazer? O consultor de segurança Raimundo Castro diz que tranquilidade e cautela são as ações mais recomendadas. “Se o assaltante estiver dentro do prédio, a única coisa que o porteiro pode fazer é não reagir, ter calma e, se for possível, chamar a polícia sem que o bandido perceba.” O Secovi Rio oferece cursos de segurança predial para profissionais da portaria. O próximo será realizado entre os dias 27 e 29 de setembro, na Avenida Almirante Barroso 52, Centro. As inscrições devem ser feitas pelo site www.secovirio.com.br. Veja Mais  

30 de agosto de 2011

Controle total da família

A Indústria da segurança põe à venda dispositivo que identifica e informa via torpedo e e-mail todo o entra e sai de condomínios e apartamentos. O gerente comercial da Bosch, Marcos Menezes, 40, vai direto ao ponto: os atuais sistemas de segurança eletrônica já permitem não apenas antecipar-se aos movimentos dos bandidos, flagrando-os quando tentam entrar onde não foram chamados. Se aplicados aos locais de moradia, permitem que se configure -o termo é dele- "um verdadeiro dispositivo de gestão familiar". "Não é mais necessário perguntar ao porteiro a que horas o técnico da televisão entrou em casa -e que horas ele saiu; ou se a babá foi embora mais cedo. Também não será mais preciso indagar ao filho a que horas ele voltou para casa, e quem estava com ele." Basta programar o sistema de análise da câmera de segurança para que envie essas informações por e-mail ou torpedo para o pai ou mãe do garotão. Adeus, desculpas esfarrapadas. A Folha pergunta se não seria mais eficaz e barato pegar o celular e perguntar ao porteiro ou ao filho. O vendedor dá uma piscadela: "O que seria mais objetivo? Isso é gestão familiar. Todo mundo remoto e todo mundo on-line ao mesmo tempo". Um sistema de controle inteligente de portaria e garagem, capaz de registrar e armazenar 100 mil transações (entradas e saídas) sai a partir de R$ 13 mil. "CRIMES AMERICANOS" Na Feira Internacional de Segurança, que ocorre até amanhã no Pavilhão Verde do Expo Center Norte, os grandes exibidores decretaram obsoletos aqueles circuitos internos de vídeo que mal capturavam os vultos dos personagens em uma cena. As novas camerazinhas de segurança já são capazes de captar imagens em HD ou alta definição. Preços: a partir de R$ 800. "Sabe aquelas cenas de crimes americanos que passam na TV e que parecem filmes, tal a qualidade das imagens? Vai dar para fazer igual aqui", diz um expositor. Essa alta resolução está acoplada a sistemas de análise que transformaram os equipamentos em verdadeiras sentinelas. Mesmo que o porteiro esteja sonolento, que não esteja nem aí para o monitor do circuito de vídeo. Pode-se programar as câmeras para cumprir várias funções: detectar um intruso, fazer a identificação facial (a partir de um banco de dados previamente compilado), contar os presentes em um local, perceber furtos -e para emitir alarmes todas as vezes em que uma situação crítica se apresente. Sabe aquele namorado da sua filha, que você considera péssima influência? Basta programar a câmera para gerar um aviso sempre que ele entrar na sua casa. Pode ser um sinal sonoro ou luminoso, para afastar o invasor, pode ser um aviso na central de polícia, na portaria ou no celular do proprietário do imóvel. No estande da Panasonic, o engenheiro eletrônico Luís Sergio Correia avisa que em alguns meses um novo software permitirá ao sistema inteligente discriminar visitantes por sexo e faixas de idade, além de gerar gráficos com com essas informações (quantidade de pessoas, fluxo por horário). Serve para controlar as baladas no salão de festas no condomínio. As novas câmeras analíticas não aceitam o desaforo de terem suas lentes cobertas ou destruídas, para que uma cena não seja registrada. Mandam avisos quando algo tampa seu campo de visão. Trata-se de um mercado que no ano passado movimentou cerca de R$ 710 milhões, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). Em 2008, foram R$ 130 milhões. Tem para todos os gostos. Um equipamento de reconhecimento facial (preço: R$ 8.000) acoplado a uma porta, por exemplo, só permite o acesso de indivíduos cujos rostos tenham sido previamente registrados. Detalhe: o aparelho não se deixa enganar nem por barbas postiças nem por perucas nem por lentes de contato nem por fotografias. Tecnologia cria mundo onde é quase impossível contar mentiras Câmaras inteligentes, radares de velocidade, softwares de reconhecimento biométrico, testes de drogas. A tecnologia vai criando um mundo onde é virtualmente impossível mentir. De um lado, essa é uma boa notícia. Os gadgets possibilitam ambientes mais seguros, com menos fraudes eletrônicas e mortes no trânsito, por exemplo. De outro, inibem o que parece ser um instinto humano: a mentira. A afirmação é meio forte, mas mentir é parte da natureza humana. Como mostra o psicólogo Robert Feldman em "The Liar in Your Life" (o mentiroso em sua vida), estudos sugerem que bebês de apenas seis meses já simulam choro e gargalhadas para atrair a atenção dos pais. Entre os três e o sete anos, crianças submetidas a experimentos em que se comprometem a não espiar escondidas um objeto desobedecerão à regra em 82% das ocasiões. Pior, mentirão sobre isso até 95% das vezes. As coisas não melhoram quando crescemos: no curso de uma conversação de meros dez minutos em que dois adultos se apresentam, eles mentem uma média de três vezes cada. É claro que há mentiras e mentiras. Existem desde as inverdades socialmente necessárias, como elogiar a comida da sogra, até as ostensivamente fraudulentas, como falsificar dinheiro. Distinguir entre os dois tipos e seus intermediários é uma tarefa que exige habilidades sociais inatas. O risco de transferir a empreitada para máquinas, incapazes de enxergar a diferença entre cortesia e crime, é tornar a vida social ainda mais difícil. Em resumo, há mentiras que não queremos descobrir. Veja Mais

27 de abril de 2011

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