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Resistência de proprietários para locação universitária diminui

                            

   O Estado de São Paulo é o primeiro do país em número de alunos matriculados em cursos presenciais de ensino superior, concentrando 26,5% dos universitários brasileiros. Ribeirão Preto está entre as sete regiões administrativas com mais estudantes, de acordo com o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior). Com isso, a locação de imóveis para esse público tem se tornado um nicho em expansão – e o aumento da demanda coincide com a mudança de opinião sobre esse tipo de cliente, diminuindo a resistência dos proprietários.

   Em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, Jaques Bushatsky, do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), afirmou que a visão de estudantes como maus inquilinos já não é tão forte entre proprietários e que a ideia de que fazem muitas festas e não têm comprometimento com a conservação do apartamento virou um mito. Além disso, esse público pode trazer vantagens. Se a locação for individual, estipulando um preço para cada morador, por exemplo, o valor final tende a ser maior do que se o imóvel fosse locado para uma família.

Perfis de imóveis em Ribeirão Preto

   Segundo Maurício Moreira, diretor de Locação da Piramid Imóveis, de Ribeirão Preto (SP), o que mais atrai os estudantes são apartamentos de um dormitório e próximos às universidades. O Centro ainda é um dos locais mais requisitados, com aluguel variando de R$ 350 a R$ 2.300 para imóveis neste perfil. “Também há bastante procura na região Sul. No bairro Nova Aliança, por exemplo, há muitas pessoas investindo na compra desses imóveis menores para poder locar para estudantes”, afirma.

   Moreira ainda ressalta que, para os proprietários, a vantagem de investir em apartamentos compactos é grande, mesmo que a rentabilidade não seja tão significativa. “O principal benefício é a segurança do investimento. Esses imóveis têm uma rotatividade boa e ficam pouco tempo fechados. Muitos investem nestes espaços menores e próximos a universidades porque sabem que o retorno é garantido”, conclui.