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Apartamento ganha "cara" do morador
MARCIO PINHEIRO
As montadoras oferecem várias opções de acessórios para os carros. Na compra de um computador, pode-se escolher o tamanho da memória ou do monitor. Recentemente, as construtoras transportaram o conceito de personalização para apartamentos.
A prática de mudar a planta original e deixá-la com a cara do cliente surgiu há cerca de seis anos, segundo Luiz Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
"Começamos então a receber de clientes pedidos para mexer na planta", afirma Francisco Pedroso, diretor da construtora Gafisa.
Naquela época, lembra, as construtoras passaram a oferecer duas ou três plantas diferentes no mesmo edifício, e tornaram-se comuns os quartos reversíveis.
Hoje existem até 20 plantas e opções diversas de acabamento. "A facilidade é maior pela tecnologia e pelos materiais disponíveis", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho de corretores de imóveis).
O empresário Jean De Simone conta que a planta flexível foi decisiva para a escolha de seu apartamento em Perdizes (zona oeste de SP). Ele transformou quatro suítes em três suítes e um escritório.
No meio do escritório, há uma divisória, formando uma espécie de sala íntima para os filhos assistirem à TV. "Eu os controlo da minha mesa", relata De Simone.
A diretora de RH Martha Campos, por sua vez, transformou os quatro dormitórios de um apartamento na Vila Alexandria (zona sul de SP) em três suítes. Assim, suas duas filhas passaram a ter banheiro privativo. "Elas têm idades diferentes", justifica.
Não só os cômodos devem ser repensados com antecedência. Dependendo da decoração, a decisão de mudar a planta deve acontecer nos primeiros meses da construção do prédio, como fez De Simone. Ele implantou LEDs, minilâmpadas que emitem luz por diodo, no chão das salas de estar e de jantar. Os LEDs foram chumbados na laje do andar, algo só possível durante as obras.
Foi ainda reduzida a área de serviço para aumentar o closet, trocando o lugar do quadro de força.
Economia relativa
Quem opta por plantas flexíveis deve se ater à variação do custo final. As construtoras constituem uma "conta corrente": o que o comprador descarta (um banheiro, no caso de De Simone) vira crédito para outro cômodo (a despesa com o vaso e os azulejos foi revertida na colocação de um piso mais sofisticado na sala).
De Simone diz que gastou um pouco mais com o produto final. "Economizei 30%", quantifica o engenheiro Eric Teixeira, que comprou um apartamento na planta na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro).
No imóvel padrão, havia duas suítes e dois quartos --um de empregada. Teixeira os transformou em três suítes e um escritório.
Para não deixar que os desejos do comprador esbarrem em obstáculos como vigas de sustentação, as construtoras dispõem de equipes de arquitetos para propor soluções.
As montadoras oferecem várias opções de acessórios para os carros. Na compra de um computador, pode-se escolher o tamanho da memória ou do monitor. Recentemente, as construtoras transportaram o conceito de personalização para apartamentos.
A prática de mudar a planta original e deixá-la com a cara do cliente surgiu há cerca de seis anos, segundo Luiz Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
"Começamos então a receber de clientes pedidos para mexer na planta", afirma Francisco Pedroso, diretor da construtora Gafisa.
Naquela época, lembra, as construtoras passaram a oferecer duas ou três plantas diferentes no mesmo edifício, e tornaram-se comuns os quartos reversíveis.
Hoje existem até 20 plantas e opções diversas de acabamento. "A facilidade é maior pela tecnologia e pelos materiais disponíveis", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho de corretores de imóveis).
O empresário Jean De Simone conta que a planta flexível foi decisiva para a escolha de seu apartamento em Perdizes (zona oeste de SP). Ele transformou quatro suítes em três suítes e um escritório.
No meio do escritório, há uma divisória, formando uma espécie de sala íntima para os filhos assistirem à TV. "Eu os controlo da minha mesa", relata De Simone.
A diretora de RH Martha Campos, por sua vez, transformou os quatro dormitórios de um apartamento na Vila Alexandria (zona sul de SP) em três suítes. Assim, suas duas filhas passaram a ter banheiro privativo. "Elas têm idades diferentes", justifica.
Não só os cômodos devem ser repensados com antecedência. Dependendo da decoração, a decisão de mudar a planta deve acontecer nos primeiros meses da construção do prédio, como fez De Simone. Ele implantou LEDs, minilâmpadas que emitem luz por diodo, no chão das salas de estar e de jantar. Os LEDs foram chumbados na laje do andar, algo só possível durante as obras.
Foi ainda reduzida a área de serviço para aumentar o closet, trocando o lugar do quadro de força.
Economia relativa
Quem opta por plantas flexíveis deve se ater à variação do custo final. As construtoras constituem uma "conta corrente": o que o comprador descarta (um banheiro, no caso de De Simone) vira crédito para outro cômodo (a despesa com o vaso e os azulejos foi revertida na colocação de um piso mais sofisticado na sala).
De Simone diz que gastou um pouco mais com o produto final. "Economizei 30%", quantifica o engenheiro Eric Teixeira, que comprou um apartamento na planta na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro).
No imóvel padrão, havia duas suítes e dois quartos --um de empregada. Teixeira os transformou em três suítes e um escritório.
Para não deixar que os desejos do comprador esbarrem em obstáculos como vigas de sustentação, as construtoras dispõem de equipes de arquitetos para propor soluções.