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Indústria da construção civil reduz estimativa de crescimento para 2012

Impactada pelos efeitos da crise no setor, a indústria da construção civil decidiu reajustar sua expectativa de crescimento para este ano.


A estimativa para 2012, que era de 5%, foi revista para 4%, segundo Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, sindicato do setor.


Os novos cálculos tomaram como base os dados recentes de desaceleração do emprego, de consumo de cimento e de outros indicadores que apontam diminuição na atividade.


"Quando fixamos em 5%, no final do ano passado, esperávamos um cenário diferente para este ano. Ainda está em um bom número para a atual conjuntura. Mas estamos preocupados com 2013 e 2014", afirma.


Após tangenciar resultados negativos devido à crise em 2009, houve um crescimento exuberante de mais de 11% em 2010.


O aquecimento, porém, já havia sido neutralizado com uma elevação de pouco mais de 3,5% no ano passado.


Embora o resultado da construção ainda deva superar o estimado para o PIB do país neste ano, o setor demanda que o governo adote medidas para deslanchar o programa Minha Casa, Minha Vida na menor faixa de renda das famílias, de acordo com Watanabe.


"O desempenho das contratações é o indicador mais atual. Continuamos a contratar e o estoque se mantém alto, mas isso vem se desacelerando", afirma.


O nível de emprego na construção civil brasileira subiu 0,84% em julho, com a admissão de mais 28,1 mil trabalhadores.


A alta acumulada chegou a 7% nos primeiros sete meses do ano, ante mais de 8% em igual período de 2011.


Em 12 meses, o crescimento acumulado foi de 6,41%, segundo o SindusCon-SP. O resultado também é inferior ao avanço acumulado de agosto de 2010 a julho do ano passado.