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Área nobre de Ribeirão ganhará outro parque
Evandro Spinelli O prefeito de Ribeirão Preto, Gilberto Maggioni (PT), tem projeto semelhante ao do tucano Luiz Roberto Jábali, que administrou a cidade entre 1997 e 2000. O petista pretende entregar, no final de seu mandato, um parque à população local, o Parque Jardim Botânico, uma obra para ficar marcada como o principal projeto de sua gestão. Jábali fez isso em 2000, ao comprar o local onde hoje está o Parque Curupira. Outra semelhança curiosa é que os dois parques ficam na mesma região nobre da cidade. O Curupira é na avenida Costábile Romano, na Ribeirânia. O novo parque será dentro de um loteamento denominado Jardim Botânico. Nos preços, uma diferença importante. O Curupira custou R$ 4,5 milhões aos cofres públicos, mas a prefeitura teve de comprar a área. O parque foi entregue totalmente pronto à administração, que não teve de gastar nenhum centavo com obras no local. Já a área do Parque Jardim Botânico foi doada pelos loteadores e a prefeitura terá de gastar R$ 1,2 milhão nas obras de adequação do empreendimento. O local é de uma antiga pedreira desativada. No projeto estão previstas as construções de lagos artificiais e de uma área para shows que promete ser a mais ampla da cidade, com capacidade para cerca de 30 mil pessoas. A licitação já foi aberta e as propostas das construtoras interessadas serão abertas no próximo dia 16. As obras devem durar 180 dias a partir da emissão da ordem de serviço. A previsão da prefeitura é entregar o parque até o final deste ano, de acordo com o diretor de Obras Públicas da Secretaria da Infra-Estrutura, Clodoaldo Saad Franklin Almeida. Para Jábali, o atual prefeito está fazendo uma obra que levará um grande benefício à população, como foi comprovado pelo próprio Parque Curupira. “Acho ótimo que ele faça um novo parque. Se houvesse outros parques seria melhor ainda. Quanto mais área verde, melhor”, afirmou o tucano. O Jardim Botânico é um loteamento que praticamente não foi ocupado ainda. Há poucas casas no local. A inauguração do parque certamente vai valorizar a área. O local fica próximo ao bairro City Ribeirão e ao clube da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), na zona leste da cidade. Já o loteamento Jardim Botânico está praticamente pronto e contará com 1.353 lotes. A população estimada no local é de 10 mil pessoas, com ocupação total do empreendimento. A prefeitura rechaça a idéia de que Maggioni tenha tido a intenção de copiar a atuação de Jábali ao decidir fazer o parque na zona leste de Ribeirão Preto justamente no final de seu mandato, apesar da comparação ser inevitável. O objetivo do prefeito é demonstrar um perfil “realizador” no período em que ele vai disputar a reeleição para o cargo. Essa será, aliás, a primeira eleição na qual Maggioni testará sua popularidade e o seu desempenho nas urnas. Na outra disputa da qual participou, a eleição de 2000, ele foi candidato a vice de Antônio Palocci Filho (PT), que renunciou em novembro de 2002 para ser nomeado ministro da Fazenda. Maggioni vai gastar cerca R$ 15 milhões neste ano em obras. A maioria será entregue até outubro, quando acontecem as eleições. Além disso, ele vai começar a inaugurar neste mês cinco unidades de saúde, obras que foram construídas em 2003 e equipadas neste ano com recursos do Ministério da Saúde. Tudo para tentar alavancar sua popularidade. Ribeirão tem projetos de mais parques Em Ribeirão Preto há projetos de pelo menos outros três parques que podem ser abertos à população. Porém, não há sequer previsão de quando isso vai sair do papel para a prática. O maior desses locais é o Parque do Morro da Vitória, próximo do terreno onde deve ser construído o centro administrativo. O parque está previsto para ter áreas para caminhadas e espaço para projetos de pesquisa na área de biologia. A Fundação Educandário Sinhá Junqueira já anunciou a doação do terreno com o compromisso de que o centro administrativo seja mesmo construído no local. Na mesma área devem ser feitos também a nova rodoviária intermunicipal e um loteamento voltado para a classe média. Na avenida do Café também está prevista a construção de um parque. O espaço para isso é de uma pedreira desativada nas proximidades do campus local da USP (Universidade de São Paulo). O projeto prevê, assim como no Parque Jardim Botânico, uma área para shows para cerca de 30 mil pessoas, áreas para caminhada, lagos artificiais e até um teleférico. A demora na concretização do projeto tem relação com as negociações com a própria USP, proprietária de parte do terreno. A universidade solicitou a troca do terreno por uma outra área, que seria anexada ao campus. A prefeitura ainda não deu a resposta definitiva. O outro parque previsto é no final da avenida Santa Luzia, na zona sul da cidade, onde existe uma pedreira desativada. Esse projeto é menor do que os outros, mas também teria espaços de lazer para a população das imediações. Ribeirão conta com três parques em funcionamento: Curupira, na zona leste, Tom Jobim, no bairro Jardim Procópio, e o Bosque Municipal. |