Empresas manterão investimentos em Ribeirão, revela pesquisa
Expectativa diminuiu em comparação a 2009, mas aposta do empresariado é positiva para 2011.
A expectativa dos empresários de Ribeirão Preto em relação ao comportamento da economia nos próximos meses diminuiu, mas a avaliação geral ainda é de que o ano de 2011 será melhor em comparação a 2010. Mais da metade das empresas de uma amostragem, 54,8%, afirmam que têm planos de investimentos para os próximos seis meses.
É o que aponta pesquisa trimestral sobre o Índice de Expectativa dos Empresários (IEE), realizada pela Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp).
Os números revelam uma reversão no otimismo dos empresários pesquisados. O IEE calculado no mês passado, com a expectativa para os próximos seis meses, ficou em 86,5%, contra 95% em dezembro de 2009 (redução de 5,2%). A pesquisa foi com 250 empresas, do setor de comércio (60,8%) e serviços (35,6%).
Apesar da redução na expectativa positiva para os próximos seis meses, os empresários sinalizam estar otimistas quando indagados sobre o ano de 2011 com um todo. Para 73,6% dos entrevistados 2011 será melhor do que o ano passado. Outros 22,8% acham que será igual e apenas 3,6% preveem um desempenho pior do que 2010.
Paulo Tadeu Rivalta de Barros, da Habiarte Barc, é um exemplo de empresário com avaliação positiva do cenário econômico nesse primeiro semestre de 2011. "Nos próximos seis meses vamos lançar três novos empreendimentos.
São edifícios de grande porte, na região da avenida João Fiúsa, na zona Sul, investimento de R$ 200 milhões", conta.
Para o presidente da Acirp, José Carlos Carvalho, os números da pesquisa refletem um momento de preocupação do empresariado em geral. "A pesquisa foi realizada em dezembro, antes da posse do novo governo. Havia dúvidas sobre quem assumiria o Banco Central, se a taxa de juros iria realmente aumentar, a questão do câmbio, com o dólar caindo cada vez mais", considerou.
Carvalho comenta ainda que a base de comparação (dezembro de 2009) também justifica o distanciamento entre os dois índices. "Em dezembro de 2009 estávamos saindo de uma grave crise econômica, e a expectativa de todos era de que 2010 seria o ano da recuperação. Por isso o otimismo naquele momento estava em alta", completa.
Jornal A Cidade - 25/01/2011
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