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Ribeirão Preto fica maior que Belo Horizonte
Lei de Uso e Ocupação do Solo deixa área urbana do município mais ampla que da capital mineira.
A proposta de alteração da Lei de Uso e Ocupação do Solo, elaborada pela prefeitura, deixará a área urbana de Ribeirão Perto com 351 km². Com isso, o município terá mais espaço urbanizado que a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, que tem uma área urbana de 330 km². O projeto com as alterações segue para a Câmara de Vereadores na próxima semana.
Se Ribeirão Preto passa a ter uma área maior do que da capital mineira, a densidade demográfica é sete vezes menor. Belo Horizonte de 7.167 habitantes /km², enquanto em Ribeirão a proporção é de 928,46 hab/km².
A revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo já foi analisada pelo Comur (Conselho Municipal de Urbanismo) e pelo Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente). A principal área de expansão urbana será na região Noroeste.
Nesta semana, o secretário de Planejamento, Fernando Picollo, se reuniu com os vereadores para discutir as principais alterações que constam no projeto.
O ponto mais polêmico é a região da zona Leste, onde a prefeitura, o Ministério Público Estadual e as empresas do setor de construção civil elaboram uma proposta de ocupação da área. A região abriga ponto de recarga do Aquífero Guarani.
Entre as principais mudanças feitas na região estão o aumento da área rural e a ampliação dos espaços não edificáveis nos terrenos, que passam de 20% para 35%.
O Ministério Público, recentemente, criticou a prefeitura porque o acordo assinado para preservar os pontos de recarga nunca saiu do papel. O secretário do Planejamento garante que o acerto está na íntegra na proposta de alteração da lei.
Equílibrio
Para o urbanista José Antonio Lanchoti, a ampliação da área urbana do município mostra que a cidade procura crescer sem criar uma grande densidade demográfica.
Entretanto, ele aponta que este crescimento também pode ter custos altos de infraestrutura, porque os bairros ficam cada vez mais afastados. "É importante conseguir equílibrio", explica Lanchoti.