SindusCon-SP revisa projeção e estima queda de 7% do PIB da construção em 2015
Entidade estima que indústria da construção encerrará 2015 com 480 mil empregos a menos do que em 2014.
Após estimar queda de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2015, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) revisou a projeção para baixo, prevendo retração de 7%. A entidade usou como base as projeções do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) para o PIB nacional, que apontam retração de cerca de 2% em 2015.
Para o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, "a indústria da construção está sofrendo diretamente os efeitos da crise econômica que, por sua vez, está sendo alimentada pela crise política. Neste particular, o que se espera do governo são ações que inspirem gradualmente a retomada da confiança".
Como medidas necessárias para melhorar o cenário econômico do setor, Ferraz Neto defende a "preservação no diálogo com o Congresso, ajuste das despesas sem elevar os tributos, manutenção do crédito à produção e o lançamento da fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)".
Empregos no setor
A nova projeção do Sindicato também levou em consideração os dados da pesquisa de emprego com carteira assinada. De janeiro a junho de 2015, foram cortados 157,2 mil empregos na construção civil brasileira em relação a dezembro de 2014, com queda de 10,8%. Em 12 meses, o saldo líquido negativo alcançou 383,8 mil postos de trabalho.
Agora, o SindusCon-SP estima que a indústria da construção encerrará o ano com 480 mil empregos a menos em relação a dezembro de 2014, com redução de 14,3%.