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Terminal vai para Rodoviária de Ribeirão

Nicola Tornatore

Apesar de continuar negociando com vereadores a aprovação do projeto de lei que viabiliza a construção do novo terminal rodoviário em área cedida pela fazenda Morro da Vitória, no Jardim Anhangüera, a Prefeitura já está desenvolvendo um projeto para a instalação, no atual prédio do terminal rodoviário, na avenida Jerônimo Gonçalves, no Centro, de um moderno terminal de ônibus urbano. Ivo Colicchio, chefe da Casa Civil da Prefeitura, confirma a intenção da Prefeitura de transformar a rodoviária atual num terminal urbano. “É um novo conceito de terminal, com controle de chegada e saída dos ônibus”, destaca.
Segundo Colicchio, a falta de recursos financeiros enfrentada pela Prefeitura não deve ser um impedimento ao projeto. “Estamos discutindo com a Socicam (empresa que opera a rodoviária) e com as permissionárias (Transcorp, Turb e Rápido D’Oeste) do transporte coletivo urbano para que o terminal possa ser viabilizado sem custo elevado para o município”, informa. O prédio atual da rodoviária foi inaugurado em 1976 e na época pertencia à Fepasa (Ferrovias Paulista). No final da década de 90, após a privatização das Fepasa (e da Rede Ferroviária Federal, que absorveu parte dos ativos da Fepasa), o prédio foi a leilão e acabou arrematado pela Socicam, que não quis correr o risco de ser desalojada - a Prefeitura (administração de Luiz Roberto Jábali) não teve recursos para efetuar a compra (a forma de pagamento, parcelado, feria a Lei de Responsabilidade Fiscal).
Décio Miguel de Freitas, diretor da Socicam, disse em entrevista que a empresa não tem interesse no prédio atual da rodoviária, após a conclusão do novo terminal (prazo de 10 a 14 meses, custo de R$ 8 milhões, área de 40 mil m²). “Se a Prefeitura quiser comprar, nós vendemos. Se quiserem alugar, alugamos”, disse, lembrando que as linhas suburbanas (que ligam Ribeirão às cidades da microrregião) não serão transferidas para o novo terminal.

Para Transerp, idéia é acomodar linhas
O gerente de transporte coletivo da Transerp, engenheiro Reynaldo Lapate, explica que a idéia é acomodar na atual rodoviária linhas urbanas que passam pela região. “Atualmente já temos vinte e oito linhas urbanas que utilizam a plataforma longitudinal (cerca de 200 metros de comprimento) no interior da rodoviária. Está saturada, não cabe mais nenhuma linha. Quando o prédio for disponibilizado, a intenção é transferir novas linhas para as plataformas diagonais, hoje utilizadas por linhas suburbanas (ou intermunicipais de curta distância), que por sua vez seriam transferidas para a nova plataforma, onde ocorre hoje o embarque e desembarque dos passageiros das linhas rodoviárias (aquelas de média e longa distância)”, explica Lapate. Além das 28 linhas que utilizam a plataforma antiga, longitudinal, outras 15 linhas urbanas têm ponto de embarque e desembarque do lado externo da rodoviária. Para que o projeto tenha seqüência é necessário que a Câmara Municipal aprove o projeto de lei da Prefeitura cedendo área de 40 mil m² (recebida como antecipação de doação de área institucional) para que a Socicam construa no Jardim Anhangüera (parte da fazenda Morro da Vitória) o novo terminal rodoviário. “Estamos conversando com alguns vereadores e explicando os detalhes do projeto, que é muito bom para Ribeirão.
A cidade ganha uma nova e moderna rodoviária, sem custo algum, e ao fim do prazo de concessão ainda se torna proprietária do prédio. Acredito que o projeto de lei será finalmente aprovado (pelo Legislativo)”, comenta Ivo Colicchio, chefe da Casa Civil da Prefeitura.