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O perfil do metro quadrado mais caro de Ribeirão Preto.

Valeska Mateus


WEBER SIAN O perfil do metro quadrado mais caro de Ribeirão Preto EM ALTA A João Fiúsa, na zona sul de Ribeirão Preto, foi tema de pesquisa de estudantes da FEA-USP: raio x da avenida mais valorizada do município

A João Fiúsa, a avenida mais valorizada de Ribeirão Preto, foi tema de uma pesquisa realizada por seis estudantes do curso de Administração da FEA-USP de Ribeirão Preto.
O estudo traçou um perfil dos moradores e dos empreendimentos da região, em que o metro quadrado chega a R$ 2.600 e a área concentra 31 edifícios.
Mais de 50% dos apartamentos têm entre 101 e 200 m², ou seja, 17 deles. Outros 11 possuem uma área útil entre 201 e 300 m², apenas dois tem mais de 301 m² e um deles apartamentos com área inferior a 100 m².
“O objetivo foi levantar as tendências do empreendimentos imobiliários numa região nobre, num período em o mercado vivia um boom imobiliário. Esse perfil pode levar as empresas a conhecerem as novidades do local, como investir e que fatores levariam ao sucesso de um empreendimento”, explica Fernando Vincenzo Berto, um dos pesquisadores da equipe.
Para Berto, o resultado mais surpreendente foi o valor do metro quadrado. “O valor chegar a R$ 2,6 mil demonstra a alta valorização daquela região”, diz.
O grupo pretende agora ampliar a pesquisa. “Temos a intenção de agregar ao estudo outros pontos da cidade que sofreram valorização imobiliário nos últimos anos”, informa.

Acima de R$ 600 mil
Morar nessa região tão cobiçada significa investir pelo menos R$ 200 mil, é o que revela a pesquisa. Cinco do empreendimentos possuem apartamento com valor de mercado até esse valor, dez custam entre R$ 301 e R$ 400 mil e cinco entre R$ 401 e R$ 500 mil.
Mas se em relação a metragem os de até 200 m² representam mais da metade dos imóveis, no que diz respeito ao custo o valor de 35% dos empreendimentos fica acima dos R$ 600 mil.

Conforto e segurança
Mas o estudo demonstra que morar na região da Fiúsa, sonho de muitas pessoas, vai além da busca por espaços amplos e da qualidade de acabamento.
O engenheiro mecânico Fábio Aurélio Soares, mora numa casa de 400 metros quadrados, e acaba de escolher o novo apartamento, de 114 m², pela localização. Num dos pontos mais altos da avenida.
Com o casamento dos filhos, ele quer praticidade e segurança sem esquecer do conforto e da valorização dos imóveis na região.
Este foi outro ponto levantado na pesquisa foi o que os consumidores buscam ao adquirir um imóvel na Fiúsa.
O conforto é apontado como o principal motivo por 38% dos entrevistados, seguido da segurança (27%), do lazer (20%).
“Acreditávamos que a localização não seria ponto prioritário na aquisição dos imóveis.
A pesquisa demonstrou o contrário, que essa localização privilegiada e o conforto que ela proporciona são os itens que pesam na decisão dos clientes”, fala.
Fatores que levaram a corretora de imóveis Veranice Ricardo Bruno a a escolher o endereço. Ela comprou um apartamento em fevereiro enão se imagina morando em outro lugar.
“É uma região bonita, dentro de uma cidade grande mas com visual de interior. Muito arborizada, o trânsito flui bem e até a temperatura é mais amena. Além de estar próxima a todos os serviços”, diz.
“É o lugar ideal para se viver hoje em Ribeirão, inclusive os acessos às rodovias são fáceis”, completa.

Status
Para o sociólogo Delson Ferreira, ouvido na pesquisa, morar na Alta Fiúsa se tornou uma questão de status. Ele afirma que o perfil dos consumidores dos imóveis da região é eclético.
“O sonho de morar na avenida é originado pelo glamour dos grandes condomínios: prédios altos, bonitos e caros. Ter uma apartamento na Fiusa é sinal de ascensão social”, analisa.
Mesmo quem vive em imóveis maiores abre mão do espaço para morar no endereço mais ‘charmoso’ da cidade.
É o caso do engenheiro mecânico Fábio Aurélio Soares, que hoje mora em uma casa de 400 metros quadrados, e acaba de adquirir um apartamento pela localização privilegiada dessa via urbana da região zona sul de Ribeirão Preto.

Valorização
Segundo o diretor de imobiliária João Paulo Fortes Guimarães, é possível, para quem comprou um imóvel ainda na planta, conseguir uma valorização de 20% a 25% na entrega das chaves.
Mas para garantir esse percentual Guimarães ressalta que é preciso saber comprar.
“Um bom andar, acabamentos de qualidade e uma boa localização na avenida são fundamentais”, afirma.
E lembra: “Os apartamentos menores são mais versáteis e tem maior liquidez, por conta do valor mais baixo”, diz.

Porque a joão fiúsa é a avenida mais valorizada de Ribeirão Preto?
• Dos 31 empreendimentos, 24 são de quatro quartos
• No total 8 construtoras possuem empreendimentos nesta área, sendo que 20 deles estão são de duas empresas
• 35% dos imóveis custam mais de R$ 600 mil
• 50% dos edifícios possuem 2 apartamentos por andar e outros 45%, 4 por andar
• Quase 55% têm entre 101 e 200 m²
• 40% possuem apenas duas vagas de garagem, na sequência 30% são de quatro vagas
• Das pessoas entrevistadas 38% apontam o conforto como principal motivo para morar na Fiúsa, seguido da segurança, com 27%.