Empresários querem discutir o IPTU de Ribeirão Preto
Acirp alega que as adequações à lei Cidade Limpa já onerou o comércio e que reajuste alto é inviável.
Preocupados com o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), empresários procuraram a Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) para pedir que a entidade entre na discussão da revisão da PGM (Planta Genérica do Município).
O projeto ainda está na prefeitura, mas a intenção do Executivo é aprová-lo antes do recesso da Câmara, em 18 de dezembro. A PGM serve para determinar o valor do IPTU e do ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis).
Posição da Acirp
O presidente da Acirp, José Carlos Carvalho, lembrou que a sociedade não aceita mais projetos votados de última hora. "A entidade defende o diálogo. Um projeto como esse não pode ser aprovado sem a participação da sociedade", afirmou.
Segundo o presidente, os empresários já gastaram muito adequando os estabelecimentos à lei Cidade Limpa. "Não podemos ser surpreendidos por um reajuste muito alto", alertou Carvalho. Uma reunião entre os associados e a diretoria da Acirp está marcada para esta quinta-feira (29). "No encontro, será definida a forma que vamos agir", acrescentou.
Mais tempo
Vários vereadores, tanto da base como da oposição, já solicitaram a realização de audiências públicas para debater a revisão da PGM. A maioria também defende mais tempo para discutir a proposta antes da votação.
Outro lado
Para o secretário de Governo, Jamil Albuquerque, é normal que a Acirp busque informações sobre a revisão da planta genérica. Ele, porém, garantiu que a proposta está sendo revisada pelos profissionais do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
"Tudo será feito de forma justa. Quem entende de valor imobiliário são os corretores. Por isso, a prefeitura decidiu que o Creci vai avaliar a revisão", explicou Albuquerque.
O secretário também negou que o Executivo esteja fazendo as coisas com pressa. "Estamos com a discussão aberta", garantiu.