Zona Sul de Ribeirão avança e atrai o varejo A e B
Os novos empreendimentos imobiliários de regiões da zona Sul ampliam a presença de moradores que, por sua vez, exigem mais estabelecimentos comerciais e de serviços
A chegada de novos empreendimentos residenciais na zona Sul de Ribeirão Preto reforça as oportunidades para o varejo. A região deve ganhar pelo menos 1,5 mil apartamentos e casas em condomínios de padrão A e B entre este semestre e início de 2012.
Levando-se em conta que cada imóvel seja ocupado por quatro pessoas, são 6 mil potenciais novos consumidores. Esse público é pouco menor que a população de Guatapará, cidade da região com 6,9 mil habitantes, segundo o último Censo do IBGE.
O agropecuarista Dimi Silva, 40 anos, integra essa nova população da zona Sul. Morador em bairro da zona Leste, ele está de malas prontas para mudar-se até setembro para o Madison Square Garden, um condomínio próximo do campus da Unip. "Busco a boa estrutura da região Sul e quero comodidade, rapidez e conforto", diz ele, que irá morar sozinho.
Conforme apurado junto a imobiliárias e construtoras, a maioria dos novos ocupantes da zona Sul tem entre 30 e 45 anos, com um ou dois filhos.
A região da zona Sul no Jardim Botânico, no prolongamento das avenidas João Fiúsa e Presidente Vargas, no entorno do Golfe, perto do futuro shopping Iguatemi e o bairro Nova Aliança (no entorno do RibeirãoShopping), tem boa estrutura e exigirá demanda por novos serviços e ampliação de outros.
Lojas de conveniência, padarias, postos com lava-rápido, restaurantes que entregam e oferecem marmitex, consertos hidráulicos e elétricos, oficina mecânica, técnicos de informática, lavagem e passagem de roupas, costura e pizzaria com entrega e recebimento de pagamentos de cartões são alguns dos apontados por especialistas.
João Paulo Fortes Guimarães, diretor da Fortes Guimarães, diz que pelo menos 35% dos compradores de imóveis vendidos pela empresa é formado por pessoas que chegam de fora em razão do crescimento da economia em Ribeirão Preto.
"São pessoas daqui e de fora que compraram seus imóveis com o próprio trabalho e geram riqueza", explica. A Fortes comercializa muitos imóveis na zona Sul.
Se o consumidor recém-chegado exige, o futuro empreendedor precisa preparar o bolso. O metro quadrado de terreno na região, com base para construir prédio, custa de R$ 800 a R$ 3 mil. Segundo Guimarães, se for para construir unidade plurifamiliar (com mais de uma moradia), o metro quadrado vai de R$ 300 a R$ 500.
Rodrigo Villas Boas, diretor da área comercial da Bild Desenvolvimento Imobiliário, responsável do Grand Raya, empreendimento no jardim Botânico com apartamentos de R$ 300 mil a R$ 500 mil, concorda que os novos imóveis devem incentivar mais negócios no varejo. "É um público consumidor em potencial", diz.
De olho no filão, junto com parceiros a empresa pretende construir na região, em três anos, hotel quatro estrelas de padrão internacional.