Negócios com imóveis têm alta de 22,76%
Média no valor de imóveis negociados durante o primeiro semestre foi de R$ 146,46 mil.
No primeiro semestre de 2012, a cidade de Ribeirão Preto registrou 7,43 mil contratos de compra e venda de imóveis, no valor total de R$ 1.088,24 bilhão, média de R$ 146,46 mil para cada transação imobiliária.
Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, os números do estudo apontam um valor total de compra e venda 22,76% superior, uma vez que em 2011 foram registrados R$ 886,43 milhões, ou R$ 201,81 milhões a menos.
O número de contratos também apresentou aumento entre os dois períodos, pois foram 6,78 mil contratos no ano passado, diferença de 65 registros que baixou ainda mais média dos imóveis, R$ 130,58 mil.
O atual resultado total de títulos destes seis primeiros meses, apresentou um número menor, se comparado com as transações imobiliárias ocorridas no mesmo período de 2010, quando foram anotados 8.001, ou seja, 562 títulos a menos em 2012. O valor de transações em 2010 foi de R$ 994,39 milhões, uma diferença de R$ 93,85 milhões, ou 9,44%. A média do valor dos contratos naquele período foi de R$ 124,28 mil.
Já em relação ao ano de 2009 o valor total das transações imobiliárias foi de R$ 555,26 milhões, uma diferença de R$ 532,98 milhões, diferença menor na ordem de 96% e foram registrados 6,51 mil, diferença de 92 registros a menos se comparado aos seis primeiros meses deste ano. No primeiro semestre de 2009 foi verificada a média de valor no registro de contrato mais baixa dos quatro anos, R$ 85,29 mil.
Os números foram divulgados pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi, ligado a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), e são baseados em dados do primeiro e do segundo Cartórios de Registro de Imóveis. De acordo com o diretor do Instituto da Acirp, professor Antônio Vicente Golfeto, há um descolamento do dinheiro da rede bancária para o mercado imobiliário.‘
‘A bolha imobiliária nasce da insuficiência de procura. A procura é alimentada por dois aspectos, o primeiro está relacionado ao pagamento à vista com dinheiro que migra do mercado financeiro para o imobiliário devido a baixa remuneração dos juros bancários e, em segundo, com as facilidades do financiamento bancário’’, explica o professor.
Ele diz que se a Caixa Econômica diminuir o financiamento, mesmo assim, a procura por imóveis será mantida, porque os investidores estão indo para o mercado imobiliário e o mercado será mantido aquecido’’, disse o professor.
‘‘Esses são pontos ótimos para a economia, imóvel novo, ou mudança de imóvel sempre gera aquecimento nos setores de engenharia, arquitetura, móveis, eletrodomésticos, pois as pessoas sempre querem mudar algo ou uma decoração nova e essa ação alimenta outros setores da economia onde todos saem ganhando’’, finaliza Golfeto.