|
Outras notícias

Dárcy vende áreas para turbinar caixa

Proposta de compradores deve ser feita no dia 11 de março; dinheiro será depositado em fundo.

Na expectativa de turbinar o caixa da Prefeitura neste início de ano e arrecadar mais de R$ 24 milhões, a prefeita Dárcy Vera (PSD) colocou à venda sete imóveis do município em área nobre de Ribeirão Preto.

Dos sete terrenos desta primeira fase, cinco estão localizados no distrito de Bonfim Paulista, na zona Sul.

Para que o dinheiro entre rapidamente nos cofres municipais, os imóveis serão vendidos com valor até 60% menor ao de mercado. Até o final do semestre um segundo lote de terrenos será colocado à venda.

 

A decisão de Dárcy surge dias após um balanço da Secretaria da Fazenda revelar que uma dívida de R$ 107,1 milhões de 2013 foi empurrada para este ano.

 

O dinheiro dos imóveis não poderá ser usado pelo governo para saldar a folha de pagamento de servidores municipais ou pagar fornecedores.

 

Porém, uma lei aprovada no ano passado prevê algumas brechas, como custear obras, compra de equipamentos e material permanente, além de pagar encargos previdenciários e desapropriações.

 

Quem comprar os imóveis públicos terá de depositar o dinheiro no Fundo de Gestão Patrimonial. De lá, o Executivo poderá usar o dinheiro como quiser.

 

Por meio da Coordenadoria de Comunicação Social, o Executivo nega que o dinheiro será usado para o pagamento de dívidas e afirma que não existe uma destinação específica. “Os recursos provenientes da licitação das áreas serão destinados ao Fundo de Gestão do Patrimônio, recentemente criado”, consta em nota. O governo afirma também que a pretensão é diluir a sua dívida durante o exercício de 2014.

 

“A administração faz um esforço de economia e metas, que estão sendo traçadas com ações específicas para diminuir as despesas fixas”, reitera.

 

Especialista critica venda de imóveis públicos

O cientista político Yuri Felix Araújo lamenta a decisão do governo de Ribeirão em colocar à venda imóveis públicos.

 

“A administração municipal pode criar um grande desequilíbrio urbano. Ao tentar sanar um problema financeiro, acaba criando outro e prejudicando a população”, afirma.

 

Para Yuri, o Executivo deveria usar os terrenos para criar áreas de lazer ou construir unidades de saúde ou escolas. “Essas áreas institucionais devem ser destinadas para tal finalidade e não paga pagar dívidas”, diz.