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Estacionamento vertical é opção para melhorar tráfego em Ribeirão

Especialistas defendem abertura de nova pista em vias de grande movimento na região Central.

Especialistas ouvidos por A Cidade dizem que a proibição do estacionamento em ruas do Centro de Ribeirão Preto, como propõe a Transurb (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano), é uma boa solução para garantir fluidez no tráfego e abrir espaço para os corredores de ônibus. No entanto, defendem a construção de estacionamentos verticais de grande porte, com capacidade para até dois mil veículos, para atender a demanda. A Transerp não comenta a sugestão.


O engenheiro Ivens Teles Alves, integrante do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo) de Ribeirão, diz que a prefeitura pode viabilizar a construção dos estacionamentos por meio de PPPs (Parcerias Público-Privadas). Alves afirma que somente restringir o estacionamento em via pública, sem propor uma alternativa, pode prejudicar os comerciantes.


"Porém, se o trânsito permanecer congestionado, o cliente vai migrar para outros pontos comerciais."


Já o especialista em transporte e em trânsito, Coca Ferraz, da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, afirma que a discussão é bastante ampla. Isso porque é preciso buscar medidas tanto para melhorar a fluidez quanto para oferecer acessibilidade para todos.


"Ao proibir o estacionamento, o trânsito vai fluir melhor, mas, além disso, devemos pensar no consumidor e oferecer acessibilidade para chegar ao Centro."


Ferraz diz que a prefeitura pode incentivar a construção dos estacionamentos verticais pela iniciativa privada ao disponibilizar incentivos fiscais, como isenção no pagamento do impostos predial e sobre serviços.


A Transurb pede a proibição do estacionamento nas ruas Visconde de Inhaúma, Barão do Amazonas, Américo Brasiliense, Cerqueira César e na avenida Nove de Julho. O presidente da associação, Roque Felício, diz que, com a restrição, espera reduzir o atraso dos itinerários dos ônibus, calculado hoje em meia hora.


Outro lado


Procurada nesta segunda-feira, a Transerp não se manifestou sobre o problema dos congestionamentos na região Central de Ribeirão Preto ou sobre a viabilidade da construção de estacionamentos verticais, como sugerem os especialistas.

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