Dárcy Vera (PSD) definiu não liberar edifícios na Costábile Romano e mudança no Jd. Canadá.
A prefeita Dárcy Vera (PSD) vetou 30 das 43 emendas feitas pelos vereadores de base governista à Lei de Uso e Ocupação de Solo. Com isso, segue proibida a construção de prédios nas avenidas Costábile Romano, na zona Leste, e Nove de Julho, no Centro, assim como a liberação de atividades comerciais em parte do Jardim Canadá (zona Sul), propostas mais polêmicas.
As mudanças pedidas pelos parlamentares em relação à Costábile e ao Jardim Canadá foram reveladas pelo A Cidade no último domingo. Nesta terça-feira (17), Dárcy confirmou que a Nove de Julho também poderia receber prédios, caso a proposta fosse aceita.
"A emenda liberava a construção de prédios em toda a Nove de Julho. A avenida não suporta e é tombada pelo patrimônio histórico. Isso é contra o Plano Diretor", afirma Dárcy.
Outras propostas dos vereadores da própria base da prefeita iam em desacordo com o Plano Diretor, que foi aprovado em 1995. Uma emenda pedia que fosse liberada a instalação de uma serralheria no Alto da Boa Vista, na zona Sul.
Uma outra emenda previa a liberação de uma clínica de reabilitação de viciados em drogas no Condomínio Balneário Recreativa, na zona Norte.
Com os vetos, Dárcy classifica a lei como um avanço. "Respeitamos as áreas de recarga do Aquífero Guarani [zona Leste], mas conseguimos expandir a cidade, o que é importante para projetos habitacionais", diz.
Comur
Para o presidente do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo), Cantídio Maganini, os 30 vetos "vêm a contento", mas não resolvem o maior problema, que é a "aprovação de um projeto importante para a cidade cheio de falhas". "Os vetos não deixam os vereadores errarem tanto. No entanto, não resolvem o cerne do problema. O correto mesmo seria a prefeita não sancionar essa lei da forma como está", opinou.
Maganini também é a favor do veto à emenda - sem autor assumido - que autorizava a construção de prédios na avenida Costábile Romano