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Localização privilegiada favorece Ribeirão Preto.

Ribeirão Preto sempre foi um fenômeno da terra. Na primeira etapa de sua existência, pela pujança de sua agricultura, Ribeirão Preto tornou-se a capital mundial do café. Exatamente por causa da qualidade da sua terra roxa e mesmo da ousadia de seus produtores rurais, na época chamados apenas de fazendeiros.
Já na segunda etapa – exatamente aquela que vivemos atualmente, mas que teve início quando o café começou a perder importância, isto lá pelos meados dos anos vinte do século passado – Ribeirão Preto passou a destacar-se pela sua localização, pela sua geografia. Aí surgem como líderes da economia do município e sobretudo da economia urbana, os setores amplos de serviço e comercial (tanto o atacado como principalmente o varejo). Napoleão Bonaparte, antevendo a importância da logística no desenvolvimento econômico, dizia: “a Geografia é a mãe da História”.
E por que estes setores? Vale dizer: por que o varejo e os serviços?
Respondemos: exatamente pela localização. Afinal, enquanto indústria é custo, comércio é ponto. E Ribeirão Preto – basta olhar o mapa – tem uma localização, o que faz o ponto, privilegiada. Já serviço é atendimento.
O amplo setor de serviços não raro vem acoplado ao varejo. Ultimamente, depois de um primado absoluto do comércio varejista na geração da renda da economia urbana de Ribeirão Preto, consolidou-se o abrangente campo dos serviços como o líder da economia urbana.
É exatamente neste contexto que se deve analisar e buscar entender as razões pelas quais Ribeirão Preto constrói, com firmeza, mas gradativamente, um sólido pólo regional de representações comerciais. Isto há já algum tempo, valendo-se do primado de sua geografia que abre para o interior paulista, mas que fica a distância singular do sul de Minas, do Triângulo Mineiro, do sul de Goiás e a meio caminho dos Estados do Mato Grosso, ambos.
A indústria da construção civil é o maior gerador de empregos – em tempos de desenvolvimento normal e não como nos últimos cinco anos, em que ela esteve desacelerada – da região, Ribeirão Preto inclusive. É esta a explicação para o fato de se estar criando um pólo de representações de fábricas de tintas, de cimento e de muitos outros materiais utilizados na construção civil.
Mais do que quem produz, na economia moderna ganha quem vende, quem comercializa. É esta a saga de Ribeirão Preto.