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Preço ‘salgado’ reduz a oferta de lotes em Ribeirão

Expansão de projetos para a classe média e alta nos últimos anos encarece novos empreendimentos na cidade.

 

A expansão dos projetos de padrões médio e alto em Ribeirão Preto depois da última década refletiu no preço dos lotes disponíveis para construção na cidade. Os investidores apostaram na liquidez de terrenos e a terra ficou mais cara, o que fez com que menos loteamentos surgissem na cidade.


"O mercado tem se acomodado e se ajustado, mas há ainda preços altos em negociação e, com valores altos nos lotes, a oferta de imóveis reduz", avalia Antonio Marcos Melo, delegado regional do Conselho dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Crecisp) em Ribeirão Preto.


A valorização imobiliária também provoca a redução da oferta de moradia para as classes C e D, que geralmente prefere as casas e muitas das vezes trabalham com ajuda de familiares em obras nos fins de semana.

Conforme Melo, há uma predominância de preferência pela moradia em condomínios, ainda que de padrão inferior. O motivo: a segurança oferecida. "A classe C que migrou para a B prefere condomínios", diz.


Mais loteamentos


Dados compilados pelo Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Graprohab), a partir de estatísticas elaboradas pelo Secovi - sindicato que representa a construção civil no estado -, indicam que, nos últimos 12 anos houve aumento no volume de loteamentos no Interior.


Ribeirão Preto ocupa a oitava posição em volume de novos loteamentos, com 18.124 novos empreendimentos de 12 anos para cá. Em primeiro lugar vem Sorocaba, com 42.697 novos lotes desde 2000, seguida de São José do Rio Preto (28.850), São José dos Campos (25.305), Araraquara (22.805), Franca (21.160), São Carlos (20.380), Limeira (19.233), Ribeirão (18.124), Indaiatuba (14.969) e Campinas (14.762).


O encarecimento de terrenos na Capital paulista pode ter ‘empurrado’ os investimentos no Interior. O outro motivo é a ascensão econômica das cidades que ficam no interior do Estado mais rico do país e que respondem por 44% do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todas as riquezas de São Paulo.


Segundo a Fundação Seade, a partir do cruzamento dos números de natalidade e mortalidade no estado com os primeiros dados do Censo 2010 do IBGE, 328.140 pessoas deixaram a capital.