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Mudanças em bairros exigem adaptações do mercado.

Idealizada e traçada na década de 40 do século passado e construída entre o final daquela década e o início dos anos cinqüenta, a avenida Nove de Julho, em Ribeirão Preto, teve vocação alterada ao longo de sua existência. Ruas são como pessoas. Quando criança, pensamos que temos uma vocação, não raro expressa na resposta à célebre pergunta que se faz: “o que você vai ser quando crescer?”
Depois, tudo muda. Até se ter uma vocação definitiva. Ou quase definitiva. Com as exceções de praxe, marcadas pelo fato de algumas pessoas já perceberem o que desejam ser desde os primeiros anos de existência.
Inicialmente, junto com o bairro Alto da Boa Vista, a avenida Nove de Julho foi o ícone dos locais residenciais de Ribeirão Preto. Depois, tornou-se uma versão de nossa cidade à avenida Paulista, da capital, esta ainda o centro financeiro da capital do Estado de São Paulo. Atualmente, junto com diversas ruas próximas, está numa esquina, buscando adaptar-se às mudanças que o centro de Ribeirão Preto e regiões que lhe são próximas estão sofrendo.
Toda cidade que desenvolve sofre mudança de vocação. Seus bairros também. Há algum problema? Cremos que não. O que importa, quando a análise é feita sob o ângulo do investimento e perspectivas de retorno do capital aplicado, é se houve melhora ou não.
Vale dizer: se as modificações mantiveram o estoque de capital aplicado no imóvel ou se não mantiveram. Se não mantiveram, importa verificar se o retorno foi positivo. Mais positivo do que antes das mudanças.

Adaptação necessária
Quem já tem um imóvel nestas condições ou quem esteja disposto a comprar um precisa entender que, igualmente para o mercado de imóveis, o lema é: adaptar-se ou morrer.
Como adaptar-se? Primeiro é preciso identificar para onde vai o bairro onde o imóvel se localiza. Era residencial e está se tornando centro prestador de serviços? Ou centro comercial? Ou centro misto, parte de serviços e parte comercial?
Adaptar-se é tornar o imóvel em condições de receber locatário cuja atividade econômica esteja em consonância com as condições físicas do prédio. Segundo, ter todos os documentos do imóvel legalizados.
Estamos falando de investimento, sim. Mas de investimento que, bem feito, oferece bom retorno.
O mercado imobiliário está sempre atado ao mercado de locação, como se sabe. E pode o imóvel oferecer duas modalidades de rentabilidade. Uma, sob a forma mensal de aluguel. Outra, em maior espaço de tempo, sob a forma de valorização. Fora a segurança, claro.